NOVA PARLAMENTAR: 'Quero ser a voz das pessoas excluídas da sociedade', diz Cláudia de Jesus

Deputada estadual eleita defenderá necessidade de construir um hospital de alta e baixa complexidade em Ji-Paraná

NOVA PARLAMENTAR: 'Quero ser a voz das pessoas excluídas da sociedade', diz Cláudia de Jesus

Foto: Divulgação

A militância política de Cláudia de Jesus começou a partir dos 5 anos de idade, participando com o pai de reuniões do Partido dos Trabalhadores. De lá para cá, uma trajetória longa ocorreu até ser eleita em 2022, deputada estadual por Rondônia com 8.845 votos, numa federação com os partidos PT, PC do B, PV.

 

Em 2023, ela assume o cargo na Assembleia Legislativa com mais 23 parlamentares, incluindo outras 4 mulheres.

 

Cláudia de Jesus, 39, nasceu no Paraná e mudou para Rondônia aos 2 anos de idade, onde fixou moradia em Ji-Paraná, região central do estado. Ela é a única mulher de esquerda eleita para o legislativo estadual.

 

Formada em administração de empresas com especialização em gestão pública, ela tem herança política de berço. É filha do presidente estadual do PT, Anselmo de Jesus, que foi deputado federal e secretário de agricultura de Rondônia. O interesse de Cláudia pela vida política começou auxiliando o pai em 2002 na Câmara Federal. Ela já foi secretária de Agricultura na cidade onde mora e eleita vereadora (2016-2020), a quarta mais votada.

 

Trabalhos

 

Quando à frente da pasta da agricultura se dedicou pela regularização de empreendimentos para o setor rural e assistência ao homem do campo. Na Câmara Municipal criou a lei que criminaliza violência obstétrica, defendeu orçamento de R$ 200 milhões para abastecimento de água e saneamento para todos os moradores, cobrou a coleta seletiva de lixo, deu apoio para cooperativas de catadores de reciclados e ajudou na criação de uma casa de acolhimento para mulheres vítimas de violência.

 

Outra agenda positiva quando vereadora foi a geração de emprego e renda estimulando feiras, onde produtores e artesãos faziam exposição e negócios. Na Assembleia defenderá a necessidade da construção de um hospital de alta e baixa complexidade para Ji-Paraná, a segunda maior cidade do estado com mais de 130 mil habitantes (IBGE/2020), cercada por 16 municípios sem assistência de saúde.

 

"Em qualquer situação de maior complexidade, os moradores são obrigados a se dirigir para Porto Velho e Cacoal. Eu vi situações muito delicadas: pacientes em cima da cama com a perna apodrecendo porque não tinha vaga na capital ou Cacoal. As pessoas vendendo uma única propriedade com objetivo de conseguir dinheiro para viajar em busca de tratamento médico", destacou ela.

 

Cláudia de Jesus tem 39 anos, foi eleita pelo PT (a única de esquerda no parlamento) e vai representar Ji-Paraná - Divulgação

 

Debates

 

A deputada diz que no parlamento estadual colocará em pauta a construção de políticas públicas para agricultura familiar, saúde, crianças, mulheres, habitação, combate às drogas e outras necessidades da sociedade.

 

“Eu sou muito coerente. E ser de esquerda é também compreender que existem pautas de grupos políticos de direita que também são importantes. Eu não vou ficar me posicionando na Assembleia só para criar briga. Não adianta fazer oposição desnecessária se existem muitos problemas nas cidades para resolver. É preciso ter postura, ser justo e agradar quando tiver que agradar e fazer o contrário quando for necessário. O que eu quero é ser a voz das pessoas mais excluídas da sociedade”, diz ela.

 

Cláudia de Jesus afirma que também defenderá o direito à terra, regularização fundiária e as questões ambientais, proteção dos povos tradicionais da Amazônia, combate ao desmatamento e o garimpo ilegal.

 

“A posição nossa é seguir a legislação, respeitar o Código Florestal brasileiro e todas as leis. Não adianta passar a mão na cabeça de ninguém. A mesma coisa com o garimpo ilegal, tem que respeitar as leis. A gente vive uma situação muito difícil: se não cuidarmos hoje das nossas matas, nossas nascentes e rios, vamos ter muitos problemas. Eu tenho preocupações com relação ao lixo, a água e nossas matas. E se não cuidar disso, as gerações futuras vão passar por sérios problemas”, afirma.

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