A suspeita era de que o carimbo do Selo de Inspeção Municipal (SIM), para carnes e frigoríficos estaria sendo fraudado e liberado sem os devidos procedimentos do órgão.
Foto: Divulgação
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A delação dos diretores da JBS acabou afetando diretamente a política rondoniense, principalmente o grupo do atual mandatário da prefeitura de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), que viu seu vice, Edgar do Boi (PSDC), ser apontado como um dos beneficiários das propinas pagas pela empresa com dinheiro do BNDES.
De acordo com a delação, aproximadamente R$ 2 milhões foram repassados para o político criador de gado, dinheiro que seria propina para que JBS obtivesse favores e vantagens da administração municipal, além de vista grossa nas fiscalizações de seus frigoríficos e inspeção nas carnes produzidas. Ainda segundo a delação, dentro da prefeitura, Edgar do Boi estaria à trabalho do grupo JBS e seus interesses.
Com as propinas da JBS se tornando um escândalo nacional, um grave questionamento surgiu entre os munícipes de Porto Velho: A carne consumida e produzida na capital rondoniense estaria sendo fiscalizada como deveria pelos órgãos municipais, ou o dinheiro da propina estava “empurrando” carne de procedência duvidosa à mesa dos cidadãos?
No último dia 26 de abril uma operação da Polícia Federal denominada “Atalho” confiscou documentos e computadores da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento – SEMAGRIC. A suspeita era de que o carimbo do Selo de Inspeção Municipal (SIM), para carnes e frigoríficos estaria sendo fraudado e liberado sem os devidos procedimentos do órgão.
Ainda não se tem informações se o esquema fraudulento teve início na gestão de Mauro Nazif, mas o fato é que a Policia Federal teve fortes indícios para a deflagrar a fase de busca e apreensão dos documentos. Coincidência ou não, pouco tempo depois caiu a bomba sob holofote da imprensa nacional envolvendo o nome de Edgar do Boi.
Pressionada, a cúpula de Hildon Chaves decidiu se manter a parte do caso, jogado aos leões, Boi anunciou seu afastamento através das redes sociais, Hildon que havia marcado uma coletiva de imprensa, cancelou.
Tensa, a situação no palácio Tancredo Neves nunca esteve tão complicada para o debutante Hildon Chaves. Além da incerteza do que a Polícia Federal coletou na SEMAGRIC, que deixa a expectativa que ainda virá mais revelações sobre o caso.
Atenta, a população de Porto Velho vem acompanhando o caso, que pode ser refletido nas urnas nas eleições de 2018.
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