Foi-se Dilma! - Por Valdemir Caldas
Foto: Divulgação
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Por 55 votos favoráveis e 22 contrários, o plenário do Senado selou o destino da presidente da República Dilma Rousseff, afastando-a do cargo por 180 dias, mas, pelo andar dos acontecimentos, tudo indica que ela não mais voltará a sentar-se na principal cadeira do Palácio do Planalto. Em seu lugar, assumiu o vice Michel Temer (PMDB), que vai precisar ter muito jogo de cintura para evitar que a nau chamada Brasil soçobre nas profundezas da corrupção e do fisiologismo.
Dilma caiu não porque tenha metido às mãos sujas na cumbuca do erário, como fizeram muitos companheiros seus. Dilma caiu porque virou as costas para o Congresso e para o seu próprio partido, o PT. Caiu, principalmente, porque fez ouvido de mercador às vozes das ruas. Quando o povo ocupou as ruas e praças deste país para exigir a moralização dos costumes político-administrativos, ela respondeu-lhe falando em plebiscito.
Dilma foi vítima de sua própria vaidade. A história mundial está repleta de exemplos de governantes que caíram em desgraça perante seus concidadãos, simplesmente porque não tiveram humildade suficiente para compreender a realidade factual. Preferiram (à semelhança de Dilma) fechar-se em seu egocentrismo delirante, sem, contudo, medirem as consequências de seus atos.
Com Dilma não foi diferente. Ela não conseguiu (por incompetência ou comodismo) dimensionar a situação de descalabro para onde se encaminhava a administração federal. Aquele salvo-conduto dado ao ex-presidente Lula, para tentar escapar das garras do juiz Sérgio Moro, foi o fim da picada.
A cantilena de golpe, portanto, foi para as calendas gregas. Estamos em pleno Estado de Direito. E os acontecimentos reforçaram os fatos. As instituições estão funcionando regularmente. Todas as etapas do processo de afastamento da presidente foram referendadas pela mais alta corte do país, assim com todas as manobras e chicanas, que procuraram atingir exatamente objetivos contrários, foram rejeitadas, tanta na Câmara dos Deputados, como no Senado da República e, por consequente, no STF.
Durante os 180 dias, Dilma continuará encastelada na residência oficial, até que seja definitivamente escorraçada da vida pública, como deseja a maioria da população brasileira, que reclama uma decisão final o mais rápido possível, para que o país possa reencontrar o caminho do desenvolvimento e da paz social. Foi-se Dilma, para a alegria de muitos e o desespero de outros tantos, acostumados às delícias do poder.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!