Governo e Cunha disputam controle de comissão sobre impeachment
Foto: Divulgação
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Em esforço para controlar o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o Planalto e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), iniciaram disputa pelos cargos de comando da comissão especial que elaborará parecer pelo arquivamento ou abertura de processo contra a petista.
Para evitar que seja produzido documento favorável ao impeachment, o núcleo duro da presidente articula com a base aliada a eleição de nomes afinados ao governo federal, mas que não causem rejeição entre partidos atualmente divididos sobre a necessidade da saída da petista, como PMDB e PSD.
Em movimento oposto, o presidente da Casa Legislativa atua para viabilizar deputados federais da base governista, mas que sejam seus aliados, tenham o respaldo da oposição e defendam o afastamento da presidente.
Na segunda (7), as siglas indicarão os 65 membros da comissão e, no dia seguinte, irão eleger, em votação secreta, o presidente e o relator.
A maioria dos membros será de partidos da base aliada, o que não significa apoio imediato à petista, já que há divergências em relação ao impeachment dentro de siglas que controlam ministérios.
Os dois campos concordam que dificilmente serão eleitos para presidente e relator nomes de partidos da oposição –como PSDB e DEM–, do PT e do PMDB, já que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) seria o principal beneficiado com o afastamento da petista.
Em articulação iniciada na quinta (3), Cunha tem costurado a indicação para a presidência do líder do PTB, Jovair Arantes (GO), e para a relatoria do líder do PSD, Rogério Rosso (DF).
Em troca do apoio para que o PTB controle a comissão, os aliados do peemedebista negociam que o partido vote pelo arquivamento do processo de cassação do mandato de Cunha no Conselho de Ética. Rosso disse a aliados, porém, que não foi sondado e que não aceitará a função.
Além do PTB, os aliados de Cunha tentam acordo com o DEM e com o PSDB, o que garantiria a salvação do mandato do presidente da Câmara. Na terça-feira (8), a sessão do Conselho de Ética ocorrerá simultaneamente à instalação da comissão especial.
Em esforço pelo arquivamento do impeachment, o Planalto defende a indicação do deputado federal Paulo Magalhães (PSD-BA) para a presidência da comissão especial. Aliado do senador Otto Alencar (PSD-BA), ele tem boa relação com o ex-governador da Bahia e ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e já saiu publicamente em defesa do mandato da petista.
A avaliação do Planalto é a de que, por já ter sido filiado ao DEM e ter bom trânsito na oposição, seria um nome que poderia agregar apoio fora do campo governista. Para a relatoria, o esforço é eleger um líder partidário contrário ao impeachment da petista, como Affonso da Motta (PDT-RS) ou João Bacelar (PTN-BA).
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