PMDB decide nesta terça se mantém aliança nacional com PT

Por pressão do Palácio do Planalto, o vice-presidente Michel Temer e a cúpula do PMDB realizam nesta terça-feira uma mobilização final para garantir vitória expressiva da aliança em torno da reeleição da presidente Dilma Rousseff na convenção nacional.

PMDB decide nesta terça se mantém aliança nacional com PT

Foto: Divulgação

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Por pressão do Palácio do Planalto, o vice-presidente Michel Temer e a cúpula do PMDB realizam nesta terça-feira uma mobilização final para garantir vitória expressiva da aliança em torno da reeleição da presidente Dilma Rousseff na convenção nacional. Nesta segunda, Temer fez um périplo por reuniões de núcleos temáticos do PMDB, para pedir não só votos de convencionais, mas para que os filiados fizessem boca de urna junto aos deputados em favor da aliança. Pelos cálculos dos aliados de Temer, o cenário mais pessimista garantiria uma vitória com 65% dos votos. Mesmo os dissidentes reconheciam a dificuldade do movimento contra Dilma prosperar.

Antes de falar aos militantes dos núcleos temáticos, Temer afirmou que a expectativa é de vitória e minimizou as previsões de um placar muito apertado, que revelaria a divisão do partido:

- Não estou preocupado com percentual. Se eu tiver 51% dos votos, está ótimo. Um deputado, quando é eleito (com uma diferença) de dois votos, toma posse. Você acha que vai questionar? Basta a vitória – disse Temer.

Um dos argumentos mais fortes com a militância foi enfatizar que, em 2018, o PMDB terá candidato próprio, mas que agora é fundamental ratificar a aliança com o projeto da presidente Dilma. A aliança, no entanto, deverá ser aprovada com o recebimento de sugestões para integrarem o programa de governo da presidente. Entre elas haverá uma defesa objetiva da liberdade de imprensa e da austeridade fiscal, em uma crítica às movimentações mais recentes do PT. Dilma acertou com Temer que participará do final da convenção, quando a apuração já deixar clara a vitória da aliança.

- Acho que o apoio pode até passar de 80%. Num partido desse tamanho, é natural que haja divergências. Estamos tentando diminuir as divergências para fortalecer a chapa. Mas claro que, nas eleições nos estados, eles querem salvar o seu pedaço. – disse o presidente nacional da legenda, Valdir Raupp (RO), acrescentando:

- O PMDB não abre mão da liberdade de expressão.

Um dos que defendem que o partido abra mão da aliança com a presidente, o deputado Danilo Forte (PMDB-CE), calcula que a dissidência tenha hoje 340 votos entre os 742 votos totais da convenção. Para ele, apesar de prometer votos a Temer, muitos estados não terão controle sobre as bancadas e convencionais:

- Temos 340 e tudo vai depender do ânimo da base amanhã (hoje). Quem disser que tem maioria folgada, está blefando. O PMDB não pode se prender ao projeto de uma pessoa, de um governo estagnado. Ela é uma candidata difícil, o governo é ruim e ainda temos os compromissos nos estados. O PT não apoia o PMDB.

A eleição que dirá sim ou não à chapa Dilma-Temer é secreta. Foram colocadas oito urnas onde os 513 convencionais titulares irão depositar os votos. O recado sobre a necessidade do resultado expressivo foi dado durante almoço de Temer ontem, no Jaburu, com vários caciques do partido.

Os peemedebistas do Rio que pregam o rompimento da aliança com o PT apostam na votação secreta, para impor uma derrota à ala que quer apoiar a reeleição da presidente . Eles contabilizam que haverá traições por parte de muitos partidários que, em público, defendem a continuidade da coligação para não se indispor com a cúpula nacional, mas que, no fundo, querem ver os petistas longe. Essa ala foi a que lançou a chapa Aezão – numa referência aos apoios ao governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), pré-candidato à reeleição, e ao presidenciável Aécio Neves (PSDB).

- Quem diz que vai votar contra a aliança com o PT não tem motivos para estar mentindo, mas quem se diz a favor pode dizer que vai votar pela coligação, por medo de represália, para não ter enfrentamento, mas, na hora, como a votação é secreta, se posiciona contra – afirmou o presidente do PMDB do Rio, Jorge Picciani.

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