A arte de engolir sapos – Por Valdemir Caldas

Da Redação

05 de Junho de 2014 às 08:46

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A arte de engolir sapos – Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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Se é verdade que a política não é só a arte de engolir sapos, mas também a de pedir votos aos pobres, recursos financeiro aos ricos e mentir para ambos, como disse o empresário Antonio Hermínio de Moraes, então a cúpula do PT rondoniense está correta em abandonar princípios éticos nos quais sempre acreditou e defendeu com unhas e dentes e aliar-se ao PP do senador Ivo Cassol, para tentar emplacar a combalida pré-candidatura do deputado federal Padre Ton ao governo de Rondônia.

Afinal, para chegar ao palácio Getúlio Vargas,vale qualquer sacrifício, não importando a biografia dos aliados, desde que a aliança atenda às conveniências partidárias e grupais, enquanto os conceitos centrados no bem comum são relegados a um plano secundário, como se o povo não passasse de um rebanho dócil, capaz de se amoldar aos caprichos e devaneios da politicagem.

Com isso, partidos e políticos acabam perdendo a respeitabilidade e a força que deveriamter junto ao povo, hoje, cada vez mais desacreditado de ambos,os quais,irresponsavelmente, forçam o curso de sua destruição ao desligarem-se não somente de suas bases, mas, principalmentedecompromissos assumidos durante as campanhas eleitorais.

Não é preciso ser especialista em coisa nenhuma, contudo, para saber que a concretização dessa aliança terá um custo muito alto para a população de Rondônia. Para quem sempre viveu às turras com o PT, Cassol não arriscaria todas as suas fichas numa eventual candidatura Tonpor afinidade ideológica, sintonia com o programa partidário da ex-senadora Fátima Cleide, ou, simplesmente, pela eloquência do pré-candidato petista.

Parafraseando William Shakespeare, há mais coisas envolvendo essa aliança do que sonha a nossa vã filosofia. O PT não precisava passar por tanta humilhação para tentar chegar ao comando do estado de Rondônia, até em respeito à biografia de muitos de seus integrantes, pessoas que se destacaram pela dignidade, pelos seus méritos, pelo seu espírito público e pelas suas virtudes, como é o caso do ex-vereador e presidente da Câmara Municipal de Porto Velho, Inácio Azevedo, dentre outras personalidades.

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