O presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Vilhena e Chupinguaia, Udo Wahlbrink (PT), está preso desde o dia cinco de março, mas disputa uma cadeira da câmara de vereadores nas eleições deste ano.
O sindicalista, bem como o vereador de Chupinguaia, Roberto Ferreira Pinto e o presidente da associação de posseiros, Pedro Arrigo, estão presos, acusados de incitar a invasão de terras no Cone Sul do Estado.
No cumprimento de mandado de prisão da Polícia Civil, Udo foi preso com uma arma de fogo, quando participava de uma reunião com trabalhadores rurais no auditório da prefeitura de Vilhena. Na ocasião, ele alegou que recebia ameaças de morte, por isso, resolveu se precaver.
Na última segunda-feira, 23, aconteceu a audiência de instrução e julgamento, onde foi negado o habeas corpus para o sindicalista. De acordo com o advogado, Romilson Fernandes da Silva, a prisão de Udo é baseada em provas frágeis, que não justificam a prisão do mesmo.
A defesa agora aguarda o julgamento de um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília. Com o indeferimento da liberdade provisória, Udo deve ficar preso até o pronunciamento da sentença.
Mesmo na prisão, o candidato concorre às eleições a vereador e tem boas chances de ganhar, segundo o presidente do diretório local do PT, Arli Schutz. O presidente ressalta que a candidatura de Udo foi mantida, visto o apoio da base rural e principalmente devido a inocência do sindicalista. “Esta prisão é um abuso. Não existem provas para que ele precise ficar preso”, enfatizou.