As auto-escolas tem o prazo de uma semana para apresentar uma contra proposta aos instrutores baseados na proposta já apresentada pela categoria. O acordo deve ser apresentado à Justiça, no próximo dia 19 de junho. Essa foi a decisão da Desembargadora Vânia Maria da Rocha Abensur, presidente do Traibunal Regional do Trabalho da 14ª região em audiência na manhã desta segunda-feira. A categoria compareceu em massa para ouvir a decisão judicial e dar início às negociações.
A presidente mostrou-se a favor da categoria e de que haja uma negociação de imediato, considerou a greve legal, e determinou que 30% dos profissionais da categoria, considerado mínimo, permaneça trabalhando. Também ficou acordado que as auto-escolas deverão pagar as horas-aulas já cumpridas pelos instrutores. O salário mínimo foi estabelecido como base, caso o valor não atinja essa quantia.
Itamar Ferreira, presidente da CUT-RO, destacou o momento histórico vivido pelos instrutores de auto-escola, já que está é a primeira vez que a categoria é defendida no movimento trabalhista. “Vocês conseguiram dar um passo muito importante, foram ouvidos. A categoria vai ser mais valorizada e o sindicato vai poder ajudar nessa luta. Trago a experiência de outros sindicatos, que começaram assim como vocês e hoje as conquistas são inúmeras”, reforçou.
O representante da Confederação, falou da importância da categoria permanecer unida. “Podemos ver que a adesão foi grande e isso fez toda a diferença. Foi por conta da unidade de vocês que conseguimos essa vitória. E com certeza outras virão”, destacou.
A categoria reivindica melhoria salarial, cumprimento de jornada de trabalho e local apropriado para a prática do ensino. Marco José diz que é pago de R$ 4,50 a R$ 5,00, a hora aula, dependendo da auto escola. Segundo informações, instrutores estão fazendo até 14 horas seguidas de trabalho, afrontando a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho.