Alguém resolveu incutir na cabeça de Miriam Saldaña que ela teria condições de vencer a corrida para a prefeitura de Porto Velho e, o que é pior, não é que a chefe de gabinete do prefeito Sobrinho acreditou nessa estultícia.
Tanto é verdade que, quarta-feira (29), Saldaña foi ao Diretório do Partido dos Trabalhadores, acompanhada de um séquito, para registrar sua pré-candidatura.
Além dela, estão na disputa para representante o PT na sucessão municipal: José Neumar (um dos fundadores do partido), o vereador licenciado e secretário municipal de transportes e trânsito, Cláudio Carvalho, e a ex-senadora Fátima Cleide – a única, aliás, que realmente está preparada para largar e chegar inteira na disputa.
A pergunta que se faz, hoje, é: será que Saldaña não tem noção do ridículo, ou, então, pensa que todo mundo é otário a ponto de votar em qualquer um que o prefeito indicar?
E mais: será que ela não tem consciência de que está apenas fazendo o papel de boi de piranha para satisfazer o ego do prefeito, que trabalha nos bastidores para melar a candidatura de Cleide, só porque não conseguiu emplacar a deputada Epifãnia Barbosa, apanhada pela Polícia Federal na “Operação Termópilas”?
Todo mundo sabe (exceto seus admiradores, cuja visão não vai além do próprio umbigo) que Saldaña não terá a mais remota possibilidade de, pelo menos, ser brindada com uma votação, digamos, expressiva, quanto mais de chegar ao palácio Tancredo Neves. Isso é brincar de fazer política. Isso é querer subestimar a inteligência das pessoas. Isso é suicídio eleitoral, para não dizer coisa pior.