Não há dúvida de que um dos maiores vencedores do processo eleitoral que se encerrou neste domingo foi o presidente Lula. De uma só tacada, ele conseguiu arrastar a neófita candidata Dilma Rousseff para o segundo turno da eleição presidencial e, de quebra, ainda ajudou a colocar uma pá de cal na reeleição de velhas e experientes raposas da política nacional, como os senadores Tasso Jereissati (CE), Artur Virgilio (AM), Marcos Maciel (PE), Mão Santa e Heráclito Fortes (PI).
Outro grande vitorioso foi o ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Além de fazer seu sucessor, Antonio Anastasia, uma pessoa que nunca havia sido testada nas urnas, derrotando o senador, ex-ministro das telecomunicações e aliado do palácio do Planalto, Hélio Costa, Aécio ainda elegeu-se senador e contribuiu para a vitória do ex-presidente Itamar Franco.
Barrado pela lei da ficha limpa, o ex-governador e ex-senador Joaquim Roriz lançou sua mulher, Weslian Roriz (PSC), nove dias antes do pleito e conseguiu levá-la para o segundo turno da eleição para o governo do Distrito Federal com Agnelo Queiroz (PT), deixando o petismo em polvorosa.
Entretanto, quem está sorrindo, orelha a orelha, é o palhaço Tiririca, eleito deputado federal pelo estado de São Paulo com mais de um milhão e trezentos mil votos. Com essa votação, Tiririca vai arrastar para a Câmara Federal uma penca de mensaleiros, dentre eles, o ex-deputado Waldemar Costa Neto.
Já o deputado estadual e candidato a reeleição Maurão de Carvalho tem todos os motivos do mundo para está indignado. Apesar de obter mais de quinze mil votos, Maurão perdeu a vaga para o candidato Flávio Lemos, que teve – acredite - menos de cinco mil votos. Que democracia é essa, onde o direito da maioria não é respeitado?