PEC Valverde: repúdio oportuno - Por Valdemir Caldas

Da Redação

14 de Julho de 2009 às 10:57

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PEC Valverde: repúdio oportuno - Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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Em boa hora, servidores da FUNASA resolveram rechaçar o Projeto de Emenda Constitucional, de autoria do deputado federal Eduardo Valverde (PT-RO), em tramitação na Câmara Federal, que acaba com o Regime Jurídico Único.

Em nota, os servidores, por meio do sindicato da categoria, SINDSEF, repudiaram a conduta do parlamentar, dizendo que a iniciativa em nada contribuirá para melhorar a qualidade de vida da população. Pelo contrário, “simplesmente joga na lata do lixo as conquistas que os servidores públicos conseguiram nos últimos anos”. Por enquanto, a CUT ainda não se manifestou sobre o assunto.

Na verdade, a proposta fatídica de Valverde é muito menos que uma proposta e muito mais que um documento destinado a tornar vulneráveis os que prestam serviços à máquina burocrática, deixando-os à mercê da vaidade delirante e do humor de incompetentes apadrinhados políticos, indicados para cargos comissionados e funções de confiança, além, é claro, de escancarar a porteira do empreguismo no serviço público.

Antes mesmo de a PEC ser bombardeada por setores da mídia eletrônica, alguns sindicalistas já apontavam as inconveniências dela. Mesmo assim, o petismo insistiu na idéia nefanda de que a medida não prejudicaria o funcionalismo.

Vê-se, hoje, que a PEC de Valverde é uma armadilha letal contra o funcionalismo, o que mostra o grau de consideração que o petismo dispensa à categoria. Salários irrisórios, retirada de direitos conquistados a duras penas, locais inadequados para o desempenho de suas atividades – essas têm sido as mais claras manifestações de escárnio com que a administração petista trata a maioria dos servidores efetivos.

Mudar por mudar não é algo a que a sociedade humana esteja inclinada. Ela sempre quer razões para fazê-lo. Mas insistir em conduta que, ao longo do tempo, só tem cavado fossos entre a administração e a população, também não é sadia inclinação.

O deputado Valverde precisa ter humildade (que é sinal de grandeza a que nem todos estão acostumados), descer de seu pedestal e vir a público pedir desculpas aos servidores pela trapalhada. O difícil é encontrar alguém, servidor público ou não, que ainda acredite nas promessas de Valverde, Fátima, Roberto Sobrinho, Tácito e Odair Cordeiro.

Direito ao esquecimento

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