POLÍTICA & MURUPI – Por Léo Ladeia

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Foto: Divulgação

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Frase do dia:
"O presidente Sarney deve se afastar. Para o bem dele, de sua família, de sua história"– Pedro Simon pondo ainda mais pressão no Sarney.
 
01-Engrosando o cangote I
Roberto Sobrinho partiu “p’ro pau” e cansando de apanhar, desafiou Cassol: “A violência assumiu um volume assustador em Porto Velho. Os moradores têm medo de sair de casa. Para resolver essa questão o governador não precisa sentar com o prefeito, mas mesmo assim estou disposto a ajudar”. O desafio vem no rastro de uma campanha publicitária em que Sobrinho anuncia que se o governador não der um jeito, vai chamar a Força Nacional. Sem alternativa, o jeito foi ir às barras da justiça pedindo a suspensão da propaganda. O que está acontecendo? Será que os adversários perderam medo do Ivo Cassol? Aí tem. 
 
02-Engrossando o cangote II
A Fátima bateu num dia, Roberto no outro e até o Tácito, presidente regional do PT resolveu tirar uma casquinha do governador Cassol ao afirmar que “a decisão do TSE não irá paralisar o estado de Rondônia” e continuou “o nosso estado é maduro o suficiente para resolver essa questão. As obras não serão paralisadas e pelo contrário serão intensificadas. E, se caso o Partido dos Trabalhadores for convocado para assumir o governo, o PT está pronto para o primeiro minuto de administração do estado de Rondônia.” Aí eu digo vixi... No caso dessa entrevista, não dá para levar Tácito às barras da justiça. Danou-se.
 
03-Engrossando o cangote III
De onde vem o recente destemor dos adversários para enfrentar Cassol? Creio que dos pontos seguintes: Cassol nada de braçada na política do estado tendo criado a fama de imbatível e de administrador arrojado. Fala a língua do povo e é destemido principalmente quando está na briga. Seu estilo belicoso, se inibe o confronto, deixa mágoas, um caldo para reações futuras. Vem acumulando na justiça uma série de reveses, que denota não ser imbatível e possivelmente os adversários encontraram a guarda aberta nas questões da segurança, cuja competência – ou falta dela – é de responsabilidade exclusiva do governador.
 
04-(In)segurança pública I
O secretário de Segurança Pública do Estado, Evilásio Sena – agora porta voz de si mesmo –acusou o prefeito Roberto Sobrinho de não ter interesse em assinar o convênio com a PM para promover ações no trânsito e chutou o pau da barraca ao afirmar “O Prefeito tem que dizer a verdade, ele queria fazer o convênio com o estado só para nós irmos atrás dos mototaxistas, e ainda tentou dizer através do seu representante na audiência da Câmara Municipal, que o trânsito é responsabilidade é do estado, está equivocado. Nós estamos há quatro anos tentando fazer este convênio. A cidade de Porto Velho precisa. Nós não podemos atuar um veículo em avanço de sinal, e o hoje o que mais mata é o trânsito." Mas, aí vem o outro lado e... onde estará a verdade?
 
05-(In)segurança pública II
Ontem taxistas fecharam o acesso ao bairro Nacional e nem a PM conseguiu o desbloqueio. Hora de sentarem todos e mostrar a verdade. Da reunião um item me chamou a atenção: “3-) A partir de segunda-feira (29/06), tanto o governo do Estado como o sindicato estarão concluindo o Convênio iniciado a quase 30 dias, que estabelece uma parceria entre PM e Semtran para fiscalização de transporte irregular, que estaria dependendo apenas da boa vontade do governador Ivo Cassol pra sua efetiva assinatura, já que o prefeito Roberto Sobrinho já se prontificou a resolver as pendências eventualmente existentes, em reunião realizada recentemente no MP”. Uai! Mudaram o rumo da prosa? 
 
06-Falando nisso...
Hora de criticar, criticar. Hoira de aplaudir, aplaudir. A polícia investigou e num prazo recorde, revelou detalhes do esquema montado dentro do Urso Branco para ataque aos ônibus. Parabéns. Sem me ater à questão legal da atividade de mototaxis, a rápida ação da polícia repõe nos eixos a discussão – o Senado julga a questão na próxima semana – sem satanizar a classe de mototaxistas, julgada a princípio por alguns apressados como autores do crime. Recordo-me que coube ao delegado Carlos Eduardo a primeira revelação sobre o início das atividades do PCC em Rondônia, durante uma entrevista que me concedeu, no programa Sala Vip mas, o assunto já abordado pelo bruxo Carlos Sperança.
 
07-A fila voltou a andar I
Ontem à noite o TSE julgou e decidiu por unanimidademanter a cassação do governador do Tocantins, Marcelo Miranda, por abuso de poder econômico. Como em todos os casos, Marcelo ficará no cargo “pela bola sete”, enquanto fabrica recursos de defesa. É o quinto governador, de uma lista de oito, a ficar cara a cara com justiça e o escore é de três a dois pró cassação. O julgamento de ontem guarda semelhança com o caso Cassol. Miranda ganhou a eleição no primeiro turno e o TSE determinou que uma nova eleição de forma indireta seja feita pela Assembléia Legislativa mas, só depois de julgados todos os recursos.  
 
08-A fila voltou a andar II
Para entender como funciona uma eleição indireta, o art. 81 da Constituição permite uma série de interpretações e principalmente se existir um dispositivo constitucional estadual sobre a matéria e a constituição de Rondônia tem o tal dispositivo. Dessa forma e, apenas em tese, se mantida pelo TSE a cassação do Cassol, uma nova eleição deverá ocorrer pelo voto indireto, já que passados dois anos de governo pelo titular defenestrado do mandato. A lei, que busca a representatividade popular, determina então que a eleição se processe entre os representantes do povo, legitimados pelo voto – os deputados estaduais. Vixi... 
 
09- O peso de um diploma
Nunca antes nesse país de bacharéis, um diploma foi usado com tal maestria e zelo. Pego no contrapé da história, numa série de escândalos no Senado, José Sarney viu o nome do seu neto envolvido no seu rolo de cobra como operador de empréstimos consignados. Como Sarney, na condição de presidente da Casa, já havia defendido a filha, o que não faria na defesa do neto? O “menino” divulgou uma nota negando o favorecimento e Sarney, em outra nota, mostra o estilo do clã no trato familiar da coisa pública ao considerar que a nota do neto Adriano, "pessoa extremamente qualificada, com mestrado na Sorbonne, e pós graduação em Harvard" é suficiente e esclarecedora. Com diploma pode?
 
10-Senado: cada dia uma nova agonia
O aprendiz de bombeiro Geraldo Mesquita do PMDB tomou ontem um peteleco do Senador Pedro Simon que da tribuna pedia o afastamento de Sarney da presidência do Senado. “Não gostaria de dizer o que vou dizer, mas o presidente do Senado precisa se afastar do cargo. Para o bem dele, de sua família, de sua história e deste Senado. Melhor sair, antes que seja obrigado. Melhor deixar agora a presidência, antes que sua situação fique totalmente insustentável” – dizia Simon. Em aparte, Mesquita deu o mote ao velho: “Posso ser um ingênuo mas...,”. Pedro Simon pegou de bate pronto: “É ingênuo sim”.
 
Porto Velho, 062609
 
 
 
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