Política em Três Tempos - por Paulo Queiroz

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Foto: Divulgação

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1 – RETORNO INCOMUM A julgar pela intensidade do feedback – mais de 20 e-mails -, a edição do dia 18 passado destes “Três Tempos”, que comparou a atual fase do jornal “Folha de Rondônia” com o período experimentado pela publicação até março passado e concluiu que o que está indo às bancas é praticamente um “Novo Jornal” (título do primeiro bloco), andou mexendo com a acanhada audiência da coluna mais do que o habitual – muito mais. Salvo os casos em que as pessoas, entidades ou instituições objetos destas tortuosas requerem alguma reparação por texto injusto ou inverídico, normalmente a coluna não abre espaço para os comentários recebidos – raramente mais do que meia-dúzia por edição, em média. Eis que, caso os leitores destes “Três Tempos” sejam muito mais que isso, não tem cabimento ficar dando trela no espaço público a um punhado de gatos pingados. E se são só estes, as respostas seguem sempre pelo e-mail que trouxe o comentário. Curioso é que a maioria dessas mais de duas dezenas de retornos não se ateve ao objeto principal da abordagem do repórter, ou seja, ao jornal “Folha de Rondônia”, e sim a um personagem da coluna em questão, enfocado lá na condição de coadjuvante. Mas, como dizia aquele preparador de buchada de bode, vamos por partes. Os leitores que se preocuparam com o foco principal da coluna, na quase totalidade, o fizeram para, supostamente, discordar do colunista, reclamando que, para eles, a publicação de que se fala continua tão governista quanto antes de março. Devagar com o andor que o santo é de barro. Quem quer que se disponha a reler a coluna, ressalvados os casos de recalcitrante má fé ou de preconceito irremediável, concluirá que não foi bem disso que se tratou ali – se a “Folha de Rondônia” é ou deixou de ser governista. Claro que o jornal permanece editorialmente alinhado na defesa das ações do governo comandado por Ivo Cassol (PPS). Uma coisa, no entanto, tem nada a ver com a outra. O que se falou aqui foi que o jornal, depois que deixou de ser administrado pela agência de marketing fiadora da conta governamental, livrou seus textos da carga de coação publicitária para valorizar mais a informação. 2 – ROBSON OLIVEIRA Nesse ponto, qualquer estudante de jornalismo que se disponha a comparar o jornal que era feito até março com a publicação que está indo às bancas será capaz de perceber que o produto atual estabelece uma distância estratosférica em relação às edições do início do ano, quer no aspecto gráfico – onde se observa uma programação visual deliberadamente concebida para conferir uma personalidade diferenciada ao jornal -, quer no que diz respeito aos conteúdos - com seleção, síntese, organização e distribuição dos textos buscando alcançar a cobertura possível dos acontecimentos, com destaques privilegiando as preferências editoriais do veículo. No resumo da ópera, a “Folha de Rondônia” ficou mais moderna, mais informativa e mais honesta. A maioria dos missivistas, no entanto, deixou o jornal de lado e se dividiu entre os que concordam e os que discordam do que se falou aqui a respeito do jornalista Robson Oliveira, titular da coluna “Resenha Política”, recomendada por estes “Três Tempos” como leitura indispensável por quem quer que pretenda se manter bem informado sobre o assunto de que se ocupa. Uma cizânia, aliás, surpreendente (considerando que o titular desta coluna não sabia que o jornalista em questão estava com essa bola toda), levando o digitador a conjeturar que o imbróglio tenha se originado a partir de uma discussão de mesa de bar (ou fórum que o valha), tendo todos os envolvidos tido a mesma idéia de resolver o conflito trazendo ao conhecimento da fonte as defesas de suas respectivas teses. Entre os contendores hostis a Robson Oliveira, um chegou a enviar a transcrição inteira da edição do dia 17 da “Resenha Política” apontando ali uma série de problemas. Quanto aos apoiadores, além de todos concordarem com os detalhes aqui apontados para justificar o juízo emitido (acesso a boas fontes, passagem por postos privilegiados de observação etc), alguns reforçaram as razões da coluna acrescentando a militância partidária intensa do jornalista e o envolvimento do profissional na organização e condução de campanhas eleitorais. 3 – ADVOGADO X JORNALISTA Não se tem boas notícias para qualquer dos grupos. Em relação às críticas mais pertinentes dos desafetos, conquanto não se pretenda escamotear os problemas apontados na coluna cuja transcrição chegou aqui, qualquer exame destituído de má vontade concluirá que eles são decorrentes da desatenção e, com poucas chances dadas ao equívoco, da pressa com que a “Resenha Política” deve andar sendo escrita. De qualquer modo, salvo preciosismos ranzinzas, os ruídos identificados não chegam a comprometer o conjunto da informação. Quanto aos admiradores de Oliveira, o palpite do repórter é o de que não tardará muito para ficarem sem a apreciada leitura, porquanto o jornalista deve estar na iminência de fechar a coluna – pelo menos por um bom estirão de tempo. Para quem desconhece, além da formação superior em Jornalismo, Robson também é graduado em Direito e advogado militante nesta praça, com escritório instalado em banca de renome – a “Hiran Marques Advocacia e Consultoria”. Seja porque a advocacia remunera muito mais que o jornalismo ou, sobretudo, porque Robson, na avidez por novos saberes, deixou-se seduzir pelo Direito muito mais do que pela Comunicação, o certo é que há tempos o advogado vem se sobrepondo ao jornalista. Por alguns anos, enquanto o advogado concluía o curso e ensaiava as primeiras experiências na nova atividade, o jornalista chegou mesmo a submergir por completo. Conquanto os ouvintes da Rádio Transamazônica, há algum tempo, venham escutando seus comentários, por uma hora, a partir do meio-dia, no jornalismo escrito seu retorno é recente. Por erro de cálculo ou superestimação, no entanto, não terá escolhido uma boa hora. Ocorre que, nos meios forenses, precisamente neste momento, o nome do advogado Robson Oliveira começa a emergir e a se firmar como um dos bons e já destacados criminalistas do Estado – caminhando celeremente para se incluir entre os melhores da especialidade. O juízo é tanto mais isento, valioso e verdadeiro porquanto captado a partir de avaliações e comentários acidentais de outros advogados, algo incomum numa atividade onde a competição é para lá de exacerbada. Mas, para quem o conhece, isso não chega a ser exatamente uma surpresa. Além da paixão desmesurada com que abraça tudo que faz, uma mente perscrutadora como a de Robson haveria de se deixar arrebatar pelo fascínio prodigioso do Direito. Para agravar, como o advogado não pára de estudar e anda cada vez mais requisitado, assume ares de façanha o fato de o mesmo ente ainda encontrar tempo para o jornalista. O momento, no entanto, é de afirmação do advogado. Nessa rinha, a competitividade é feroz, data vênia, beirando à selvageria. Mais dia, menos dia – pelo andar da carruagem, menos do que se supõe -, em função da voracidade do mercado por bons advogados, chegará a hora em que terá de decidir entre assobiar e chupar cana. Portanto, para não correr o risco de se deixar sequer tangenciar pela mediocridade, o advogado dificilmente terá alternativa - terminará por se obrigar a colocar o jornalista outra vez em hibernação.
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