PCdoB dá cano, PDT fica na ameaça, mas PSOL anula convenções de Cacoal e Vilhena - Política em Três Tempos - Por Paulo Queiroz

PCdoB dá cano, PDT fica na ameaça, mas PSOL anula convenções de Cacoal e Vilhena - Política em Três Tempos - Por Paulo Queiroz

PCdoB dá cano, PDT fica na ameaça, mas PSOL anula convenções de Cacoal e Vilhena - Política em Três Tempos - Por Paulo Queiroz

Foto: Divulgação

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1 – SIGLAS REBELDES Do rescaldo das convenções municipais partidárias que definiram as candidaturas que vão disputar o pleito de outubro em Rondônia, até onde se sabe, a insurreição andou dando o ar da sua graça de forma mais estressante em, pelo menos, três municípios (Guajará Mirim, Cacoal e Vilhena), tendo como protagonistas igual número de partidos (PCdoB, PDT e PSOL) e envolvendo quatro alianças (que adiante se darão a conhecer) – das quais, apenas uma está com a sobrevivência assegurada da forma com que saiu do espaço deliberativo. Esta, curiosamente, foi a que pareceu mais traumática, seja pelos destroços que deixou, pelas perfídias da política por intermédio das quais se operou ou pelo quadro bisonho em que resultou. Fala-se, leitor, do PCdoB de Vilhena, acerca do qual o Estado inteiro há mais de ano vinha sendo informado que disputaria a eleição com candidatura própria naquele município, com uma chapa encabeçada por ninguém menos que o presidente regional da legenda, o jornalista Júlio Olivar, que os rondoniense ficaram conhecendo como o candidato a vice-governador da chapa comandada pela senadora petista Fátima Cleide em 2006. Até por isso mesmo, cogitava-se que sua postulação teria, agora, em contrapartida, o apoio do PT – algo tido como favas contadas até a precipitação dos acontecimentos. Pois bem. Na véspera da convenção, Olivar foi dormir pré-candidato e acordou sócio metafórico da Ascron – no frigir dos ovos, o último a saber que a seção municipal do partido de que é o presidente estadual bandeara-se com um “Ricardão”. No caso, com o PP, em nome do qual o 1º suplente de deputado estadual da coligação “Rondônia Mais Humana” (PP, PMDB, PHS, PMN, PTC), José Luiz Rover, disputará a sucessão de Marlon Donadon (PMDB). “Foi surpreendido por uma bem urdida trama que terminou induzindo alguns de seus candidatos a vereador a se interporem contra a sua candidatura. Rover teria ‘mais estrutura’ a lhes oferecer”, noticiaram os sites dando conta do epílogo da conspiração. 2 – LEITE DERRAMADO Ficou por isso mesmo, não obstante o drama e o choro torrencial sobre o leite derramado. “Venceria pelo voto a indicação como candidato a prefeito se fosse sozinho, pelo PCdoB. Conversara com todos os convencionais e garantira o apoio da maioria. Em nome da unidade partidária e da indisposição que se criou com três dos candidatos a vereador que preferiram o Rover e ameaçaram partir para um confronto (?), decidi nem ir à convenção para evitar mais transtornos e desavenças internas", justificou Olivar dando o imbróglio por encerrado. Em Guajará Mirim o sarrabulho promete. Lá, a despeito de proibições regionais e nacionais nesse sentido, o Diretório Municipal do PDT decidiu participar da coligação que tentará reeleger o prefeito Dedé de Melo (PSDB). Furiosos com a sublevação, os dirigentes pedetistas daqui e d'alhures anunciaram que vão dissolver o Diretório da legenda em Guajará e anular a convenção que chancelou o apoio da agremiação à reeleição do tucano. Nesta ou na ordem inversa, parece que tudo que se tentar fazer resultará em mais lamentações sobre leite derramado. Salvo vícios incontroversos eventualmente constatados na convocação e realização da convenção do PDT guajará-mirense, o prego batido lá já teve a ponta virada. Na hipótese de que o caso seja levado aos tribunais, aí se vai constatar que a interdição dos dirigentes pedetistas ao PDT de Guajará vem a ser um reles caso de discriminação pessoal. Isto porque não há, nem aqui e nem nos cornos da lua, um único e miserável documento pedetista excluindo o PSDB do seu arco de alianças. Tanto assim o é que os dois partidos vão disputar o pleito de outubro juntos em Curitiba (PR), em Fortaleza (CE), em São Luís (MA) e sabe-se lá em quantos mais insondáveis municípios. A discriminação pedetista é movida a ressentimento, porquanto Dedé de Melo trocou o PDT pelo PSDB sem explicação, não obstante ter presidido a legenda e a bordo dela se habilitado à substituição do prefeito cassado Cláudio Pilon (PMDB). 3 – SENTENÇAS FINAIS Ao se aboletar no ninho tucano, porém, o alcaide guajará-mirense teve o cuidado deixar o Diretório do PDT do município aos cuidados de um parente próximo, o vereador Rodrigo Melo, que vem a ser um dos seus sobrinhos mais diletos. Circunstâncias em que até aos hermanos do outro lado do Mamoré seria dado ver que o PDT do lugar permaneceria apoiando Dedé até debaixo d’água. Caso se pretendesse, de fato, evitar a coligação PDT-Dedé (PSDB), ter-se-ia que haver dissolvido o diretório antes da convenção. De modo que, se não é marola, o caso é de imprevidência. Algo muito diverso – e põe diferença nisso – ocorreu (está ocorrendo) com o PSOL. Habituados ao manejo das pequenas legendas ao sabor de inescrutáveis interesses (pessoais ou de grupos), dirigentes da legenda andaram vertendo água fora do caco em Cacoal e em Vilhena. Nesta, antes da rasteira comunista no seu dirigente, o PSOL vilhenense realizou convenção e deliberou pela participação da sigla na coligação PSB-PT-PPS e PC do B. Rasteira consumada, dos partidos com os quais aprovara coligação restou o PT. Que, num acordo de última hora com o PDT, teria aprovado a candidatura do vereador Mauro Bill. Se for o caso, vão os dois à luta, porquanto não há jeito do PSOL deixar de ser incluído fora dessa. Em Cacoal, numa das primeiras convenções do Estado (21.06), o PSOL juntou-se ao PSB, ao PRTB e ao PC do B para apoiar a candidatura de Silvério dos Santos (PSB), ocupando de quebra a candidatura de vice (Celina Martins – do Mutirão). Queriam! Em se tratando do PSOL, não tem “mas” nem meio “mas”. Há quatro resoluções (duas estaduais e duas nacionais) proibindo expressamente coligações com partidos conservadores (DEM, PSDB, etc) e da base do governo Lula da Silva no Congresso. Num primeiro momento, o presidente regional psolista Adilson Siqueira anulou as duas convenções. Cacoal recorreu e levou bomba da direção nacional. E aqui não há choro e nem vela, porquanto não há força humana capaz de reverter essas sentenças.
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