*Mais uma vez muitos e bem vestidos homens e mulheres de boa vontade vão bater à porta do eleitor. Cheios de boas intenções, de promessas sinceras e apertos de mão. Por trás dos sorrisos e cumprimentos, há que se olhar pelo que cada um representa ou quer representar na postulação que propõe. Nestas terras amazônicas, onde muito nos castiga a força das águas, vale um conselho cheio de nuances para quem quer ter uma chuva de votos.
*O eleitor, neste ano mais que nos outros, terá dificuldade em acreditar no que lhe disserem. Já castigada a esperança pelo desalento de promessas e mais juras descumpridas, não serão só sorrisos e abraços que lhe farão confiar em alguém. Nem santos e nem santinhos sairão na frente. A batalha terá que ser vencida no campo, na rua, na lama, nas beiras de igarapés e nas portas dos casebres. A miséria terá que ser visitada de perto, pelo menos agora. Pé no chão e sol na cabeça para contar para os eleitores que há gente disposta a trabalhar com seriedade por Rondônia, mas tenha uma boa história em mente.
*Porque aí não adianta rios de dinheiros, pois a canoa vai virar. Nem venham com os votos contados, com malas e malas de certezas sobre as certezas do outros. O povo pode até ser bonzinho demais, mas não tenha dúvida de que na hora de apartar o botão verde ele não hesitará e protestar contra a corrupção tão presente na política.
Os acordos são todos muito importantes agora. Mas daí para o voto é um longo caminho. Não adianta dinheiro sobrando, se faltar caráter e verdade nos discursos. Como tampouco se vale boas qualidades, com uma campanha sem estrutura para chegar ao eleitor.