“Fantástico” complica situação de Capixaba

O programa Fantástico deste domingo explicou, com detalhes, como funciona a máfia das ambulâncias e complicou ainda mais a situação do deputado federal Nilton Capixaba (PTB). Veja a matéria na íntegra.

“Fantástico” complica situação de Capixaba

Foto: Divulgação

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* O programa Fantástico deste domingo explicou, com detalhes, como funciona a máfia das ambulâncias e complicou ainda mais a situação do deputado federal Nilton Capixaba (PTB). Veja a matéria na íntegra. *Como funciona a máfia das ambulâncias *O deputado federal Nilton Capixaba (PTB-RO) chegou a presidir uma sessão da Câmara Federal diante de um plenário vazio. Um assessor dele, Francisco Machado, está preso, acusado de envolvimento no esquema de superfaturamento de ambulâncias desbaratado pela Polícia Federal na Operação Sanguessuga. O nome do deputado tinha sido apenas citado nas investigações. *Mas, agora, o ex-prefeito de um município de Rondônia faz acusações diretas contra Nilton Capixaba. Segundo ele, o deputado estaria por trás de uma empresa que vende ambulâncias superfaturadas. *“Essa empresa, através do deputado Nilton Capixaba, vendeu ambulância para todos os municípios do estado de Rondônia”, denuncia o ex-prefeito de Cerejeiras, José Eugênio de Souza. *A empresa em questão é a Klass Comércio e Representação Ltda., que pertence a Darci José Vedoin e Cléia Maria Trevisan Vedoin, os mesmos donos da Planam, a principal empresa do esquema desmontado pela Operação Sanguessuga. *Por R$ 84 mil, a Klass vendeu uma ambulância ao município de Cerejeiras, em Rondônia. O dinheiro para a compra veio de um convênio firmado pelo município com o Ministério da Saúde. A emenda que abriu caminho para o convênio foi apresentada pelo deputado Nilton Capixaba. *“O deputado Nilton Capixaba falou: 'Eu vou colocar uma emenda para você de uma ambulância semi-UTI'", conta o ex-prefeito de Cerejeiras. *Depois que a emenda foi apresentada, a Prefeitura de Cerejeiras abriu uma licitação para a compra da ambulância. Mas, segundo o delegado que comanda a Operação Sanguessuga, Tardelli Boaventura, o processo de licitação é um jogo controlado pelo empresário Darci Vedoin, porque só as empresas dele participam. *"Nessa modalidade de processo licitatório, a prefeitura escolhe livremente três empresas que poderiam participar das licitações. No caso, segundo o que foi apurado, as três empresas que participavam das licitações eram aquelas controladas pela organização criminosa", revela Boaventura. *A ambulância vendida ao município de Cerejeiras chegou com documentos irregulares e, por esse motivo, o prefeito demorou para fazer o pagamento. Ele conta que, enquanto não saía o dinheiro, o deputado Nilton Capixaba telefonava para pressionar: "O deputado Nilton Capixaba ligava lá no meu gabinete, na prefeitura, dizendo: 'Prefeito, o senhor precisa pagar a ambulância, porque a empresa precisa receber a ambulância.'" *Quando os documentos foram regularizados, o dinheiro da ambulância foi entregue ao cunhado e assessor de Nilton Capixaba, Edimilson Martins Gomes, que tem procuração para representar a empresa Klass. *O ex-prefeito José Eugênio de Souza está respondendo a uma ação civil pública pelo superfaturamento da ambulância. Ele afirma que, no processo, a quadrilha chegou até mesmo a falsificar sua assinatura para acelerar a liberação da verba. "Essa assinatura no documento não é minha", assegura. *A equipe do Fantástico procurou o deputado federal Nilton Capixaba na cidade de Pimenteiras, em Rondônia. Ele se defendeu das acusações: "Eu não tenho revendedora de carros, começa aí. Eu não sou sócio de nenhuma revendedora. Eu não tenho nenhuma empresa no estado de Rondônia. Só para você ter uma idéia, nós somos 11 parlamentares no estado de Rondônia. Todos os parlamentares colocaram emenda na saúde, porque é lei: 30% das nossas emendas são na área da saúde. E o mais importante é que, nessas emendas na saúde, todos os parlamentares colocaram ambulância no estado de Rondônia." *No município de Ministro Andreazza, também no estado de Rondônia, a empresa Klass vendeu uma UTI Móvel que era, na verdade, um caminhão transformado em ambulância. "Segundo consta no processo de licitação, trata-se de um caminhão-furgão que foi transformado em ambulância", diz o secretário de Saúde do município, Fernando Rocha. *O caminhão-ambulância foi entregue pessoalmente por um parente de Nilton Capixaba. "Na época, foi o Marquinhos Capixaba que trouxe. Ele entregou, me chamou, mostrou", lembra o motorista da ambulância Laércio Brito, que diz ainda que a ambulância convertida não veio com os equipamentos adequados para funcionar como UTI Móvel. *"Quando eu abri, não tinha nada de UTI. Tem só guarda-roupa ali dentro. Na verdade, foi tirado o guarda-roupa dali de dentro. E ela já fundiu o motor", constatou o motorista.
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