Levantamento preliminar das movimentações bancárias revelou até o momento uma movimentação financeira total a crédito em valor superior a R$ 110.000.000,00
Foto: Rondoniaovivo
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O vereador de Nova Mamoré (RO) Jair A. O., 46, conhecido como "Jair da 29" é um dos 20 presos na Operação Godos, deflagrada pelo Ministério Público na manhã desta quarta-feira (12) na região da fazenda Norbrasil e do assentamento Thiago dos Santos, em Porto Velho (RO).
O parlamentar municipal seria um dos líderes da Liga dos Camponeses Pobres (LCP). O grupo, segundo a polícia, é acusado de invasões de terras, lavagem de dinheiro, porte ilegal de arma de fogo, entre outros crimes.

As investigações que culminaram na Operação Godos tiveram início em setembro de 2022, a partir de uma notícia de fato que apontava a existência de um grupo organizado e violento, atuante predominantemente na zona rural de Porto Velho, nas imediações da região de Nova Mutum, e especializado na prática reiterada de extorsões.
O modus operandi da organização criminosa envolvia o uso de grave ameaça, muitas vezes exercida com emprego de armas de fogo, inclusive de uso restrito, para constranger vítimas a transmitirem a posse ou a propriedade de significativas porções de terra para terceiros indicados pelos próprios infratores simulando contratos de cessão onerosa de posse de imóveis rurais.
As vítimas eram coagidas sob pena de sofrerem graves retaliações pessoais e patrimoniais, que incluíam ameaças de morte, agressões físicas, destruição, furto ou roubo de acessões, benfeitorias, maquinários ou semoventes.
Um dos pilares da atuação da Ocrim era a exploração dos recursos naturais e a venda das áreas obtidas criminosamente, seguido de lavagem de dinheiro, que representava o ciclo final e altamente lucrativo de suas atividades ilícitas.
O produto dos crimes praticados pela organização foi convertido em ativos financeiros e bens por meio de uma complexa rede de operações, com emprego de contas de passagem e conversão em ativos lícitos.
Para isso, o grupo utilizava métodos como: Uso de “laranjas”, Empresas de fachada e Transações imobiliárias ilícitas. Em relação ao dano ambiental causado durante a atuação do grupo criminoso naquela área, foi possível identificar até o momento aproximadamente 25.000ha (vinte e cinco mil hectares) de área total desmatada ilegalmente, correspondente a cerca de 35.000 (trinta e cinco mil) campos de futebol de tamanho oficial.
Um levantamento preliminar das movimentações bancárias dos investigados judicialmente autorizado pela 2ª Vara de Garantias de Porto Velho/RO revelou até o momento uma movimentação financeira total a crédito em valor superior a R$ 110.000.000,00 (cento e dez milhões de reais) entre os anos de 2020 e 2025.
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