DESESPERO: Rondonienses presos na Venezuela estão passando fome e com pitbulls nas celas

Um grupo de 18 brasileiros, incluindo rondonienses, está preso na Venezuela e desesperado está tentando sensibilizar as autoridades do Brasil para as condições em que todos se encontram. Ao todo são 16 homens que estão detidos no Centro de Coordenação Policial Nº 02, de Guaiparo. Já as duas mulheres estão no Centro de Coordenação Policial Nº 12 Ramón Eduardo Vizcaíno. Os dois presídios ficam no estado de Bolívar.

 

Eles foram presos em outubro de 2023, em um campo de mineração de ouro, no interior da Venezuela, por policiais daquele país. O grupo relatou que quando foram abordados pela polícia, foi informado que era para comparecerem na delegacia para que fizessem uma declaração. No entanto, quando chegaram no local foram declarados presos.   

 

Os advogados Mário Barros e Bruna Santana assumiram a defesa dos rondonienses que se encontram presos no país vizinhos. Os dois estão em Brasília para pressionar o Itamaraty e outros órgãos da esfera federal visando garantir os direitos dos presos. Os advogados explicaram que o grupo está respondendo por uma série de crimes ligados à exploração mineral.

 

Advogados Mario Barros e Bruna Santana estão em Brasília tentando sensibilizar as autoridades brasileiras sobre a situação dos presos

 

” Eles foram acusados de tráfico ilícito de materiais estratégicos, associação para delinquir, contrabando agravado, manejo indevido de substâncias perigosas e exercício ilegal da mineração”, disseram.

 

Morte

 

A preocupação de Mário e Bruna é que já vai fazer um ano que estão presos na Venezuela e as autoridades do país estão inertes, ignorando o devido processo legal, postergando as audiências sem tomar medidas decisivas. Além disso, denunciam as péssimas condições das prisões onde estão os homens e as mulheres.

 

“Eles nos relataram que os dias tem sido difíceis. São obrigados a ficarem expostos ao sol, sem acesso a água ou comida e tiveram os documentos extraviados. Como se não bastasse, dividem a cela com três cães pitbulls, o que aumenta a tensão e o temor de ataque dos animais. Inclusive, um dos presos morreu de desidratação e pelas condições a que estava exposto. O Brasil não pode, simplesmente, ignorar o que cidadãos brasileiros estão passando. Algo precisa ser feito e com urgência”, denunciaram.

 

Nesse cenário, angústia da espera também atinge as famílias dos presos, que tem dificuldades para saber notícias deles. Outro ponto enfatizado pelos advogados é que na Venezuela, a família tem que fornecer a alimentação do grupo e, muitas vezes, são extorquidas pelos policiais que cobram preços exorbitantes para que os detidos tenham acesso aos mantimentos.