Fórum de Segurança Pública aponta que 22 facções estão presentes na região e Rondônia é o quarto estado mais violento do Norte
Foto: Pedro Lopes/Record TV
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A região da Amazônia tem emergido como um dos centros principais da atuação do crime organizado no Brasil, conforme indicado por uma pesquisa recente. O relatório divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública na última quinta-feira revela que pelo menos 22 facções, incluindo o Primeiro Comando da Capital (PCC), Comando Vermelho (CV) e organizações estrangeiras, competem pelo controle de rotas nos estados da região.
Em decorrência desse cenário, a taxa de mortes violentas intencionais (MVI) atingiu 33,8 por cada 100 mil habitantes no último ano, superando em 45% a média nacional. Essas disputas entre facções afetam aproximadamente um terço da população amazônica (31,1%), intensificando a sensação de insegurança entre os residentes.
O resultado prático disso é sentido na pele pelos rondonienses: o estado é o quarto mais violento da Região Norte, ficando atrás apenas de 34,4 mortes por 100 mil habitantes, ficando atrás apenas do Amapá (50,6), Amazonas (38,8) e Pará (36,9).
Mais detalhes
Diante desse panorama, comunidades indígenas têm adotado medidas como o uso de drones para proteger seus territórios. Além disso, a disseminação da violência contribui para o aumento de crimes ambientais, como desmatamento e queimadas, que atingiram níveis recordes no Amazonas em outubro.
O relatório destaca que, atualmente, entre as pelo menos 22 facções atuantes na Amazônia, há a presença de organizações estrangeiras, como as frentes Carolina Ramirez e Acácio Medina, dissidências das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Todos os estados da Amazônia Legal tem disputas envolvendo grupos criminosos - Infográfico/Estadão
Mesmo com essa "internacionalização", apenas o Comando Vermelho, considerado dominante na região, e o PCC, reconhecido como a maior organização criminosa do país, estão presentes em todos os estados.
O relatório destaca que “grupos locais que antes atuavam em estados no Norte passaram a integrar o PCC em São Paulo ou o Comando Vermelho no Rio, estabelecendo alianças que têm origem no sistema prisional”.
*Com informações do Estadão – O Estado de São Paulo
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