PROPINA – Afilhado de Confúcio é denunciado pela Justiça

O Rapaz foi preso enquanto dormia na residência oficial, na Rua Paulo Leal, centro de Porto Velho. Numa das gravações da PF, realizadas com autorização da justiça, descobriu-se que Rômulo recebia propina de Miguel Morheb, empresário do ramo de limpeza.

PROPINA – Afilhado de Confúcio é denunciado pela Justiça

Foto: Divulgação

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Rômulo foi preso pela Polícia Federal quando dormia na casa do governador Confúcio Moura
A juíza Silvana Maria de Freitas, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Porto Velho, recebeu a denúncia do Ministério Público contra o ex-assessor governamental Rômulo da Silva Lopes, o empresário José Miguel Saud Morheb e a empresa deste Higiprest Serviços de Limpeza.

Ex-assessor da Secretaria de Justiça e homem de confiança do governador Confúcio Moura (PMDB), Rômulo foi preso durante a Operação Termópilas acusado, entre outros crimes, de receber propina para, na condição de assessor com livre trânsito junto ao chefe do Poder Executivo Estadual, atuar a favor de empresas e empresários que mantinham e mantém negócios com o Governo.

PRESO NA CASA DO GOVERNADOR

Rômulo foi preso pela Polícia Federal quando dormia na casa do governador Confúcio Moura. Ele morava com o chefe do Executivo.

Segundo o Ministério Público, JOSÉ MIGUEL atuava como empresário e possuía inúmeros contratos de prestação de serviços com diversos órgãos públicos do Estado de Rondônia na área de prestação de serviços de limpeza, dentre os quais a Secretaria Estadual de Justiça (SEJUS). Afirma que  JOSÉ MIGUEL, dono da MAQ-SERVICE (a qual mudou de nome para HIGIPREST), obtinha e mantinha seus contratos com órgãos governamentais através de pagamento de propina, dentre outras práticas ilícitas.

O Ministério Público afirma que RÔMULO DA SILVA era assessor especial na SEJUS, e usava de sua influência e livre acesso aos órgãos públicos estaduais para, mediante recebimento de propina e outras vantagens ilícitas, favorecer empresários como MIGUEL. Diz que considerando a necessidade de renovação de determinado contrato da empresa MAQ-SERVICE (HIGIPREST) e JOSÉ MIGUEL pagou a RÔMULO DA SILVA a quantia aproximada de R$ 10 mil em dinheiro para que ele influísse positivamente na recontratação de sua empresa, bem como imprimisse a maior agilidade possível à tramitação. O MP informa que o enriquecimento ilícito é cristalino, uma vez que RÔMULO recebeu R$ 10 mil como suborno, pagos por MIGUEL em nome da empresa MAQ-SERVICE/HIGIPREST.

Portanto, RÔMULO solicitou, recebeu e aceitou promessa de vantagens indevidas em razão do exercício de seu cargo de Assessor Especial lotado na SEJUS, além da influência que gozava por ser pessoa próxima ao Governador do Estado, afim de atender os interesses indevidos de terceiros. O Ministério Público entende que RÔMULO, ao solicitar e receber vantangens indevidas em razão de sua função pública ,incorreu em improbidade administrativa

Ao receber a denúncia, a magistrada anotou: “De tudo que se vê, nesta fase processual, há indícios que evidenciam a prática de atos de improbidade”.

ENTENDA O CASO

A investigação da Polícia Federal e Ministério Público Estadual que culminou com a prisão de mais de uma dezena de pessoas em Rondônia em 2011, a Termópilas trouxe no seu bojo uma situação atípica. Após alguns meses de investigação, foi descoberto um propinoduto que desvia dinheiro da saúde e desembocava no “bolso” de deputados e assessores palacianos.

Um dos acusados é Rômulo Lopes, afilhado de Confúcio Moura e que morava na mesma casa em que o governador. O Rapaz foi preso enquanto dormia na residência oficial, na Rua Paulo Leal, centro de Porto Velho.  Numa das gravações da PF, realizadas com autorização da justiça, descobriu-se que Rômulo recebia propina de Miguel Morheb, empresário do ramo de limpeza.

Romulo é conhecido por ser o “correria” de Confúcio, realizando há anos,  todo tipo de serviço ao governador.

Numa das conversas grampeadas, após Miguel passar uma quantia em dinheiro, aconselha o afilhado do governador a colocar dinheiro na cueca para entrar na residência oficial. Ou seja, Rômulo guardava o dinheiro roubado do sistema de saúde pública na casa de Confúcio Moura.

Entrevistado por um programa de televisão, o governador Confúcio disse que “Rômulo era gente nossa, gente da cidade. Que foi cooptado pelo sistema. Não vou dizer que abusou da confiança, mas de certa forma falando, porque foi abuso”

Agora fica a duvida. Se a Policia Federal sabia que Romulo entrava com dinheiro oriundo de propina dentro da casa e dormia no local, porque não foi realizada uma busca e apreensão no seu quarto ou até em toda a casa do governador?

O que aconteceu foi apenas uma prisão, com o próprio governador indo acordar seu “pupilo”. Os homens de preto não ousaram entrar na casa de Confúcio.

E Confúcio? Será que o governador não sabia do esquema, que tinha ramificações dentro de sua casa? Aliás, outros parentes de Confúcio foram constantemente citados por empresários como supostos achacadores e propineiros. Resta saber se nova operação policial vai terminar a profilaxia na família Moura.

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