Quatro anos depois de estudante ser morta na frente de casa família reclama da morosidade nas investigações

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Foto: Divulgação

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A estudante Andréia Oliveira dos Santos (foto), de 16 anos, foi assassinada no dia 06 de Janeiro de 2004, enquanto conversava com o ex-marido, o policial militar do 5º BPM, Edson Vieira Lima, de quem na época, estava separada há dois dias. Momentos antes do crime, segundo a família, o PM insistia para que a adolescente retornasse com ele, para a casa dos pais dele, no bairro Nova Porto Velho, onde viviam há seis meses. Andréia estava decidida a não voltar mais a morar com o PM, com quem tinha discussões constantes por causa dos ciúmes de Edson. Durante uma das últimas brigas, ele teria prometido à adolescente que se ela não ficasse com ele, não ficaria com mais ninguém. Esta declaração consta no inquérito que apura um dos casos mais curiosos em relação à morosidade, nas investigações pela polícia civil de Rondônia.
NOITE DO CRIME
O policial militar Edson Vieira Lima, do serviço velado, conversava com Andréia em frente a casa dos pais, na rua Bruna, bairro Esperança da Comunidade. Segundo testemunhas, ele demonstrava bastante agitação, nervosismo. Pediu que Andréia devolvesse todas as fotos dele, que estavam com ela e depois passaram a discutir.
A mãe da estudante, Salete Aparecida Oliveira dos Santos, conta que viu a filha entrar na casa, chorando, para pegar um copo de água para Edson. Preocupada, a mãe, evangélica, entrou no quarto para orar pelo casal, mas foi despertada, pelo som de tiros, que vinha da frente da casa. Ela conta que ao chegar na varanda, viu a filha caída no chão, e o PM sobre o corpo de Andréia, com uma arma na mão gritando; "porquê eu fiz isso com você meu amor, porquê". Imediatamente, a mãe, a tia da estudante e um taxista que estavam ao lado da casa, socorreram a adolescente, mas minutos depois ela morreu no hospital com traumatismo craniano encefálico, provocado por um tiro disparado a queima roupa na cabeça, de cima para baixo e que saiu na nuca.
INVESTIGAÇÕES E OUTRA VERSÃO
Acusado pela família da vítima de ser o autor dos disparos, o policial militar negou a autoria. Em sua versão Edson, contou à policia, que dois rapazes tentaram roubar a motocicleta dele, que estava estacionada em frente a casa dos pais de Andréia. Os rapazes é que teriam matado a ex-mulher. Disse ainda que tentou proteger Andréia, colocando-se em frente dela, enquanto eles atiravam.
A versão é questionada pela família da vítima, já que depois dos disparos, a motocicleta permaneceu no mesmo local, sem nenhum arranhão. Ele também não sofreu nada, embora estivesse na frente dela, como diz.
A família de Andréia também coloca em xeque o fato, de o tiro ter sido disparado à queima roupa, segundo os laudos, e de cima para baixo, o que não seria compatível com bandidos que estivessem no meio da rua.
"Na condição de esposo e policial militar, um profissional que deve ser treinado para agir em momentos como este Edson continuou passivo; não correu atrás de nenhum menor, até hoje, não prendeu ninguém, não ajudou a socorrer a vitima e ainda chorava sobre o corpo questionando a sua própria atitude; "Porque "EU" fiz isso?", apontaram vários familiares.
O caso vem sendo investigado, pela delegacia de homicídios de Porto Velho, através do delegado Tadeu Bancalari. Em meados de junho, deste ano, uma testemunha considerada chave pela polícia depôs voluntariamente, esclarecendo aos investigadores detalhes do crime, como por exemplo, porque a bala retirada da cabeça de Andréia era de um revólver cal. 38 e, no entanto, Edson apresentou à polícia, uma pistola, como sendo a arma que usava na noite em que estava com Andréia.
Segundo consta nos autos, a testemunha disse que amigos do PM, Edson Lima, trocaram as armas, pra ele, minutos depois do crime. Os detalhes deixaram ainda mais chocados os familiares de Andréia, que esperam ansiosos, pela punição do (os) culpado (os) há 04 anos. Eles também buscavam explicações para uma série de dúvidas em relação ao caso. Os pais, tios, tias, primos e primas entendem melhor atualmente, por exemplo, a razão pela qual, apareceram no local do crime, alguns homens, num veículo Voyage, claro, momentos depois dos disparos e conversaram bastante com Edson. Segundo a testemunha, esses eram os PMs que o ajudaram.
CONTRADIÇÕES
A polícia civil de Rondônia chegou a fazer a reconstituição do crime, na tentativa de esclarecer pontos como este. Mas até agora, não chegou a nenhuma conclusão para o caso. Segundo consta no inquérito, o policial militar também teria entrado em diversas contradições, durante o procedimento.
Segundo a família, independentemente dos culpados, o que não se pode conceber é a morosidade na investigação do crime. “Será que a família ficará para sempre órfã, de mais um caso, impune pela justiça de Rondônia?”, questionou um dos membros da família. 

Lotado no 5º BPM, Edson Vieira Lima continua trabalhando normalmente.

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