O militar aposentado Aldemir de Souza, 61, deverá ser indiciado criminalmente na 6ª Unidade de Segurança Pública (Sobral) por crime de lesão corporal grave, cuja pena em caso de condenação poderá chegar a oito anos de reclusão em regime fechado.
Ele é acusado de ter arrancado a dentadas uma das orelhas do desempregado Antonio José Pereira da Cruz, 20, que foi internado no pronto-socorro do Hospital de Base. O fato aconteceu no último final de semana durante uma briga em que o militar teria sido agredido primeiro.
O mais grave é que a orelha não foi reimplantada, já que o pedaço arrancado desapareceu. O acusado disse que o deixou no local da ocorrência, numa travessa do bairro Sobral. A vítima, porém, afirma que Aldemir teria saído com o pedaço da orelha na boca.
OS FATOS
No sábado, Aldemir estacionou um automóvel de sua propriedade na travessa Jatobá, bairro Sobral. Em dado momento um homem identificado por “Beto” teria passado e batido com uma das mãos na lataria do veículo, deixando o ex-militar irritado.
Os dois iniciaram uma discussão que acabou na troca de tapas. Foi quando surgiu Antônio José que investiu contra Aldemir empunhando uma ripa. Os dois se agarraram, e o acusado deu uma dentada na orelha direita do rival.
Antônio José disse que somente quando chegou no pronto-socorro descobriu que estava sem a orelha direita. Ainda retornou ao local da briga e não conseguiu encontrar o pedaço arrancado.
“Lembro perfeitamente dele com alguma coisa na boca. Tenho certeza de que ele comeu minha orelha”, afirmou a vítima.
Aldemir confirmou ao delegado Ary Regis que arrancou parte da orelha de Antônio José. E alegou ter agido em legítima defesa.
A polícia acredita que um animal tenha comido o pedaço de orelha.