*O secretário de assuntos penitenciários do Estado, Gilvan Ferro, acusou o superintendente da Polícia Federal em Rondônia, Joaquim Mesquita de querer promover-se politicamente. *A declaração foi dada após a Polícia Federal constatar que Moisés de Oliveira, Haroldo Santos Filho e Marlon Jungles, presos por participação no esquema de desvio de recursos da Assembléia Legislativa estarem desfrutando de uma série de mordomias no presídio Urso Branco.
*A Polícia Federal, de acordo com Mesquita, atendendo a uma determinação judicial, foi ao Urso Branco no último fim de semana para verificar as condições em que se encontram os detentos e constatou que os presos, que são parentes de deputados estaduais, estão detidos na sala do diretor do presídio, com ar condicionado, televisão, alimentação diferenciada e com acesso inclusive a um punhal.
*Gilvan Ferro, disse que as condições em que se encontram Moisés, Haroldo e Marlon ?são normais?, uma vez que ?o Estado precisa preservar a vida dos detentos e principalmente dos acusados em questão, já que um deles, no caso Moisés, é irmão do presidente afastado da Assembléia Legislativa, Carlão de Oliveira e Marlon é cunhado de ambos e Haroldinho é filho do deputado estadual Haroldo Santos?.
*O secretário declarou também que ?Moisés, Marlon e Haroldinho estão sendo tratados como qualquer outro detento, sem distinção?.
*Mas a equipe da Polícia Federal que esteve no presídio constatou que a realidade não é bem essa. Com equipamento de filmagem, os policiais registraram a boa vida que os três estão tendo dentro da penitenciária. De acordo com o superintendente da PF, ?o preceito básico da prisão é retirar o direito de ir e vir do apenado e não é bem essa a realidade dos três?.
*As declarações de Gilvan Ferro foram levadas ao ar pelo jornal de integração, da Rádio Caiari na manhã desta terça-feira.