Acre - Ex-deputado deixa carta pedindo perdão

Acre - Ex-deputado deixa carta pedindo perdão

Acre - Ex-deputado deixa carta pedindo perdão

Foto: Divulgação

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*O ex-deputado federal, Carlos Aírton, deixou uma carta, na qual anuncia que iria cometer suicídio e pede perdão aos filhos, enteados, pais e parentes. Na carta, Carlos Aírton relata também as atribulações pelas quais vinha passando em seu casamento, não aceitando a separação. Pediu ainda que cuidassem de suas filhinhas. Digitada em computador, uma das cópias foi entregue por familiares à polícia, que por enquanto não quer divulgá-la.

*Amigos e familiares dão o último adeus a Carlos Aírton

*Centenas de pessoas lotaram o hall da Assembléia Legislativa do Acre (Aleac) para dar o último adeus a Carlos Aírton. Familiares estavam muito comovidos e não quiseram comentar a tentativa de homicídio e o suicídio do ex-deputado federal. O enterro aconteceu ontem pela manhã no Cemitério São João Batista.

*Carlos Aírton se suicidou depois de discutir e dar um tiro no ombro da mulher, a empresária Norma Mathias. Segundo informações de amigos, ele vinha enfrentando problemas no relacionamento há algum tempo. Recentemente, teria confidenciado o desejo de tirar a própria vida.

*Pai de quatro filhos (três mulheres e um homem), o ex-deputado também foi diretor do Banacre e presidente da Sanacre quando o tio, Romildo Magalhães, era governador do Estado (92/94). No velório, muitos estavam inconformados com a perda precoce. "Foi um ato de loucura", comentou Romildo.

*A mãe de Carlos Aírton, Dona Marlene, era uma das emocionadas durante o velório. Por diversas vezes ela teve que ser socorrida por parentes. Amigos do ex-deputado também choravam e procuravam entender o motivo da tragédia ocorrida na manhã da última segunda-feira.

*Formado em Ciências Contábeis, iria concluir o curso de Direito no próximo ano na Firb. Segundo amigos, era um empresário emergente que estava reestruturando a vida depois de abandonar a carreira política. "Podem até dizer que eu tive inimigos, mas o Carlos Aírton não", afirmou o ex-governador.

*Romildo Magalhães

*"Se soubesse, teria ficado junto a ele"

*Um dos mais emocionados durante o velório do ex-deputado federal Carlos Aírton era o tio, o ex-governador Romildo Magalhães, que o considerava como um filho. Romildo esteve com ele na última sexta-feira. "Ele não me falou nada sobre os problemas do casamento. Se soubesse, teria ficado junto com ele esse tempo todo para não cometer esta loucura", afirmou.

*Romildo disse que apesar da tragédia, a família não guardará mágoas da empresária e entregará tudo "nas mãos de Deus". Para o ex-governador, Carlos Aírton representava a juventude na política e tinha na honestidade uma das grandes virtudes. "Era um exemplo de amigo e respeito aos familiares", disse.

*O ex-governador fez questão de dizer, ainda, que não conhece uma pessoa que fale mal do sobrinho. "Só se fala bem dele". Amigos de todos, relata que o ex-deputado federal costumava ajudar a todos, independente da posição em que estivesse.

*"Foi uma perda muito grande. Para mim, é como se estivesse perdendo um filho, não um sobrinho", afirmou.

*Apesar de pressões que vinha sofrendo com prestações de contas no TCE, Romildo faz questão de dizer que Carlos Aírton estava tranqüilo e que estava apresentando, em todas as ações, sua defesa. "Ele não se deixou abater por conta desses processos", comentou o tio.

*Embora tenha estado com Carlos Aírton na última sexta-feira, primeiro de abril, relata que há seis meses que não visitava o sobrinho. "Parece que foi uma despedida. Se soubesse do que iria acontecer, teria ajudado para ele não cometer esse ato de loucura", disse o ex-governador.

*Veja depoimentos de amigos sobre Carlos Aírton

*José Bestene (deputado estadual) - Carlos Aírton sempre foi um conciliador. Mesmo nos momentos de discussão interna dentro do partido (era do PP), ele sempre foi uma figura conciliadora. Na política, buscava sempre o desenvolvimento do Estado e quando era deputado sempre estava acompanhado de representantes de federações (Agricultura, Indústria).

*Cleudo Mendonça (secretário do TCE) - Ele estava muito animado porque além dele, o filho também vai se formar em Direito. Ele sempre procurava resolver os problemas da melhor maneira possível e recentemente estava se tornando um empresário emergente no ramo da construção civil.

*Afonso Geber (pastor) - Conhecia o Carlos Aírton desde pequeno e não esperava uma coisa dessas. Era uma pessoa simples, mas que tinha perspectiva de vida. Não esperava que isso fosse acontecer. Era culto, bom administrador e como deputado federal nunca maculou a imagem do nosso Estado.

*José Barbosa, o Zequinha - Ele jogava dominó com a gente há mais de oito anos todas às sextas-feiras e estava sempre alegre. Nosso convívio com ele era maravilhoso. Era amigo de toda a nossa equipe. Vamos ficar com muita saudade de sua simpatia. É uma perda irreparável.

*Normando Sales (ex-prefeito de Sena Madureira) - Solidariedade e companheirismo são marcas que vão ficar para sempre na imagem deixada pelo Carlos Aírton. Era amigo dos amigos, independente da posição em que se encontrava. Não misturava as coisas, mesmo quando era político. Lembrou que depois da morte do Edmundo, tive que deixar a Assembléia e mesmo sendo de oposição ao governo, foi ele quem me ajudou, praticamente me sustentou por um período.

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