A verdade que feriu o judiciário nacional: Os fatos e a mentira - Por Márcio Felisberto

Foi noticiada pela grande mídia nos últimos dias, uma crise que se instalou no judiciário nacional por conta das declarações feitas pela corregedora do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, Eliana Calmon. Esta afirmou que havia “bandidos de toga” no judiciá

A verdade que feriu o judiciário nacional: Os fatos e a mentira - Por Márcio Felisberto

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

 

Foi noticiada pela grande mídia nos últimos dias, uma crise que se instalou no judiciário nacional por conta das declarações feitas pela corregedora do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, Eliana Calmon. Esta afirmou que havia “bandidos de toga” no judiciário, ou seja, juízes corruptos. Essa declaração feriu profundamente alguns membros do judiciário nacional.

 

Essa declaração foi por conta de uma discussão atual relacionada a uma ação movida pela Associação dos Magistrados do Brasil – AMB, na qual objetiva reduzir os poderes do CNJ em investigar denúncias contra juízes deixando isso, em um primeiro momento, a cargo das corregedorias estaduais.  A corregedora Eliana Calmon disse que essa medida não seria benéfica, pois ocorreria a parcialidade na apuração por conta do corporativismo local.

É fato que em toda instituição existem as maçãs podres, e no judiciário parece não ser diferente. Conforme notícias já veiculadas na grande mídia, estas dão conta sobre várias denuncias envolvendo juízes.

Exemplo disso foi o acontecido em Rondônia na Operação Dominó no ano de 2006, na qual dois juízes responderam pelo crime de corrupção. Posteriormente, durante eleições municipais no ano de 2008, no município de Alto Paraíso, outro juiz foi envolvido em escândalo, acusado de beneficiar um parente que era candidato nessa referida eleição.

Em nível nacional temos outro exemplo bem conhecido, o juiz João Carlos da Rocha Matos foi denunciado no final da década de 80 e inicio da década de 90 (Jornal da Tarde 28/11/1992) acusado de inocentar um traficante de drogas e ter recebido por isso o valor de $ 2.000.000,00 de dólares.  E ainda, o mesmo juiz no ano de 2003 durante a Operação Anaconda, foi acusado de envolvimento com criminosos, culminando na sua aposentadoria compulsória. Lembrando que os exemplos aqui colocados abrangem apenas uma pequenina parcela do nosso Brasil.

Diante desses fatos, é impossível dizer que entre os magistrados não há algumas maçãs podres, e a corregedora do CNJ tem toda razão nas suas afirmações. Maçãs podres existem não só dentro do judiciário, mas também na imprensa, na polícia, na saúde, educação, empresas privadas, etc.

A grande mentira, hipocrisia e exemplo de corporativismo foram as declarações feitas pelo presidente do STF, Cezar Peluso, afirmando indiretamente, ser uma grande injustiça o que foi dito pela corregedora do CNJ, uma vez que o corpo de magistrados do nosso país seria na sua totalidade, honesto. Uma grande mentira, haja vista que os fatos dizem o contrário.

O curioso e engraçado é que quem ficou como mediador desse embate entre a corregedora e o presidente do STF, foi o ministro Gilmar Mendes que anteriormente foi mostrado em rede nacional, em plena sessão na mais alta corte do nosso país, trocando ofensas e denúncias com o ministro Joaquim Barbosa.

Enquanto isso: quanta crise...

              

 

Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Na sua opinião, qual companhia aérea que atende Rondônia presta o pior serviço?
Você ainda lê jornal impresso?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS