Educador é investigado há dois anos
Foto: Divulgação
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A Polícia Civil de Vilhena cumpriu, na manhã desta terça-feira, 16, um mandado de prisão preventiva contra o professor aposentado da rede estadual, Antônio Mantelli. O educador é acusado de praticar abusos sexuais e assédio contra crianças na cidade.
O Folha do Sul Online apurou que Mantelli começou a ser investigado há dois anos, após apalpar as nádegas de uma menino de 10 anos, em via pública. Na época, ele chegou a ser ouvido, mas acabou liberado porque a ação foi caracterizada como “importunação”.
Depois, outro menino de rua, da mesma idade, resgatado pelo Conselho Tutelar, disse que também havia sido abusado pelo professor e a investigação sobre as suspeitas de pedofilia prosseguiram.
Duas semanas atrás, mais um menino contou ter sido assediado por Mantelli enquanto caminhava por uma avenida central da cidade. O pai do garoto, inclusive, teria tentado agredir o acusado, depois de ouvir o relato do filho.
Hoje, durante buscas na casa do veterano educador, que fará 72 anos no dia 16 de maio, a polícia encontrou objetos sexuais e uma arma, que foi apreendida.
O QUE DIZ O PROFESSOR
O site conversou com Mantelli na detenção provisória da Unisp, em Vilhena, onde ele está detido desde que foi preso. Ele não se importou em ter sua identidade divulgada, “porque tenho a consciência tranquila”.
O professor negou todas as acusações e argumentou: “Trabalhei durante 40 anos e ocupei vários cargos, inclusive de diretor escolar. Você acha que se eu atacasse crianças, isso não teria sido revelado?”
Abatido, conmentou o caso de assédio que é atribuído a ele, registrado há duas semanas: “Eu estava andando pela avenida Major Amarante, quando um homem tentou me agredir. Me escondi dentro de uma agência bancária para não apanhar”. O professor nega o assédio ao garoto e desmente sexo com outros que também o acusam.
DOENTE
Operado do coração no ano passado, o pioneiro disse que ainda está se recuperando e toma uma série de medicamentos. “Nestas condições, como eu assediaria alguém?”, questiona.
SEQUESTRO E ARMA
Mantelli admitiu que lhe pertence o revólver que a polícia encontrou fazendo buscas em sua casa. “Comprei o revólver porque um tempo atrás me seqüestraram em casa, e cheguei a apanhar. Fui levado ao banco para sacar o dinheiro, mas a agência estava fechada. Era para me defender, mas nunca usei”.
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