Diante do aumento dos eventos climáticos extremos no Brasil, o Ministério das Cidades lançou a cartilha “Cidades e Adaptação Climática”, voltada a estados e municípios. A publicação reúne dados, diretrizes e recomendações práticas para fortalecer a resiliência urbana, reduzir desigualdades socioambientais e integrar a adaptação climática às políticas públicas locais.
O material destaca que a emergência climática afeta diretamente os centros urbanos, onde vivem 87,4% da população brasileira. Chuvas intensas, ondas de calor, secas e a elevação do nível do mar têm provocado prejuízos econômicos, danos à infraestrutura e impactos à saúde e à qualidade de vida.
Somente em 2024, cerca de 13 milhões de pessoas foram afetadas por desastres climáticos no país, com prejuízos estimados em R$ 37 bilhões. Os maiores impactos recaem sobre favelas, comunidades urbanas e áreas de risco, mais expostas e com menor capacidade de resposta.
De acordo com a cartilha, os principais riscos climáticos urbanos incluem inundações, alagamentos, deslizamentos, ondas de calor, secas prolongadas e aumento do nível do mar, afetando moradia, saneamento, mobilidade e serviços públicos.
A publicação ressalta que os impactos climáticos não atingem todas as pessoas da mesma forma. Moradores de áreas com menor acesso a infraestrutura e políticas de prevenção estão mais vulneráveis aos efeitos dos eventos extremos.
O documento apresenta recomendações organizadas em três eixos: informações e conhecimento; planejamento, gestão e governança; e infraestrutura e serviços. As orientações incluem integrar dados climáticos, mapear vulnerabilidades, atualizar planos diretores e investir em soluções baseadas na natureza e infraestrutura resiliente.