A esperada obra de reforma e reestruturação da plataforma do Porto do Cai N’Água, em Porto Velho, só deve sair do papel em 2026. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) confirmou que a licitação para execução do projeto está marcada para o dia 5 de janeiro de 2026, conforme publicação no Diário Oficial da União.
O comunicado foi encaminhado ao presidente da Associação dos Ferroviários da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (Asfemm), George Telles, em resposta à solicitação feita pela entidade. O documento, assinado por Evailton Arantes de Oliveira, chefe do Serviço de Manutenção Aquaviária do DNIT, informa que o processo licitatório está em andamento e que o cronograma segue o trâmite legal para a retomada da operação da IP4 (Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte) do Cai N’Água.
Demora e impactos
Segundo George Telles, os ajustes contratuais e burocráticos provocaram um atraso considerável na execução dos serviços. Ele afirmou que a Asfemm buscou apoio do senador Confúcio Moura (MDB-RO) para tentar acelerar o processo e garantir a liberação do contrato.
“Sem a plataforma, o Porto do Cai N’Água opera com dificuldades, causando transtornos e atrasos no transporte de cargas e passageiros”, destacou Telles.
A paralisação da plataforma flutuante tem afetado diretamente a logística local e a mobilidade de comunidades ribeirinhas que dependem das operações no porto para transporte e escoamento de produtos.
Histórico
O Porto do Cai N’Água teve suas operações suspensas em 2022 após a identificação de danos críticos nas balsas, como rachaduras e buracos na estrutura flutuante. Um laudo técnico de engenharia naval apontou a necessidade urgente de manutenção, devido ao desgaste natural causado pelo contato contínuo com a água.
A reforma e ampliação da estrutura estão previstas para aumentar a capacidade operacional do porto, classificado como uma Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte (IP4). Antes da paralisação, em 2022, o local recebeu 365 embarcações, movimentou 20 mil toneladas de cargas e transportou quase 15 mil passageiros.
Expectativa
Os recursos para a obra são do DNIT, órgão vinculado ao Governo Federal. Apesar das expectativas, o novo cronograma confirma que os serviços só devem começar após a licitação de janeiro de 2026, prolongando a espera por melhorias na infraestrutura portuária da capital rondoniense.