ESPERANÇA SEM FIM: O drama silencioso das famílias que esperam pelos desaparecidos e a falha dos estados

Rondônia faz parte dos estados que ainda não aderiram ao Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas na página criada pelo Ministério da Justiça

ESPERANÇA SEM FIM: O drama silencioso das famílias que esperam pelos desaparecidos e a falha dos estados

Foto: Freepik

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O Brasil enfrenta uma verdadeira epidemia de desaparecimentos. Apenas em 2024, segundo dados do Governo Federal, cerca de 70 mil pessoas desapareceram no país — uma média alarmante de 191 casos por dia. Por trás desses números, há histórias de dor, angústia e incerteza que afetam não apenas os desaparecidos, mas também suas famílias, amigos e toda a sociedade.

 


Embora parte dessas pessoas seja localizada ou retorne por conta própria, muitas desaparecem para sempre, rompendo vínculos e deixando um vazio devastador. O silêncio sobre o paradeiro se transforma em um ciclo de sofrimento, onde o que prevalece são perguntas sem resposta e uma esperança que nunca se apaga.
 

 

Para enfrentar esse cenário, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) lançou, em agosto, o novo Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas — uma ferramenta digital que visa unificar e cruzar dados de todo o país, facilitando a busca e localização de indivíduos desaparecidos. Trata-se de um avanço importante na política pública de segurança, que pode salvar vidas e aliviar o sofrimento de milhares de famílias.

 


No entanto, a eficácia desse sistema depende diretamente do engajamento dos estados. Até o momento, apenas 12 das 27 unidades federativas alimentaram o banco de dados com informações sobre desaparecimentos. Rondônia, infelizmente, ainda não está integrada ao cadastro, o que pode comprometer a localização de pessoas desaparecidas no estado.

 


Um exemplo doloroso é o caso da senhora Cleide Maia, que há três anos busca respostas sobre o paradeiro do filho, Francisco Afonso Maia Sales. Segundo relatos, ele teria sido levado por membros de uma facção em Porto Velho. Apesar das denúncias e buscas iniciais, Cleide continua sem respostas concretas.

 


“Coloquei na mídia que ele havia sumido e algumas pessoas me disseram que viram alguém parecido com ele sendo levado por uma facção no Conjunto Morar Melhor. Fiz denúncia à polícia, houve buscas, mas até hoje não sei de nada novo. A dor de uma mãe nessa situação é indescritível. A gente vive com fé, esperando encontrar, mas vai morrendo aos poucos. Só sei que fiz tudo que pude pelo meu filho”, desabafou.

 


A existência de ferramentas como o Cadastro Nacional é um passo essencial, mas não basta que elas existam — é preciso vontade política para que funcionem plenamente. Rondônia precisa se integrar urgentemente a essa iniciativa, garantindo que seus cidadãos desaparecidos não fiquem invisíveis aos olhos do Estado.

 


A luta contra o desaparecimento de pessoas exige compromisso institucional, articulação entre órgãos de segurança e justiça, e sensibilidade humana. Cada vida importa. Cada história merece ser contada. E cada família merece respostas

 


O Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas pode ser acessado AQUI

 

 

Link do CNPD : https://cnpd.mj.gov.br/painel-publico

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