SUPERMAN: Filme retrata vulnerabilidade excessiva do herói – Por Marcos Souza

Já está disponível no catálogo do serviço de streaming da HBO Max

SUPERMAN: Filme retrata vulnerabilidade excessiva do herói – Por Marcos Souza

Foto: Divulgação

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Já está disponível no catálogo do serviço de streaming da HBO Max a mais nova adaptação do que deveria ser o mais poderoso super herói da Terra, o Superman, mas o diretor e roteirista James Gunn (o mesmo que fez na Marvel a ótima trilogia dos Guardiões da Galáxia) o transformou no mais vulnerável ou seja, não se choque em ver sequências em que o kryptoniano é surrado com gosto, e põe gosto nisso de todas as versões já feitas para o cinema.
 
Desde que assumiu a responsabilidade de criar e conduzir o novo universo cinematográfico da DC após a desastrosa passagem do diretor Zack Snyder (que fez as versões mais realistas e um tanto sombrias de Superman e Batman, incluindo a sua famigerada Liga da Justiça) James Gunn se comprometeu em trazer versões dos icônicos personagens mais compatíveis com as histórias em quadrinhos que queria adaptar, usando referências que os fãs buscavam nos filmes.
 
O diretor citou duas ótimas sagas em HQ, 'Superman: As quatro estações' da dupla Jeph Loeb e o ótimo ilustrador Tim Sale e 'Grandes Astros Superman' espetacular conceito criado por Grant Morrison e arte de Frank Quitely como suas fontes de inspiração, citou também 'O Reino do Amanhã', o apocalipse e crepúsculo dos super heróis da DC feito pelos ótimos Mark Waid (roteiro) e Alex Ross (arte), mas desse último não vi nada que referendasse a obra prima.
 
No filme, Gunn trouxe significativas mudanças no herói, como o uniforme agora com a cueca por cima, fugindo do conceito de Snyder e o ator Henry Cavill, em 'Homem de Aço', e ele não precisou contar de novo a origem, mostrando a destruição do planeta Krypton e a sua chegada à Terra numa nave projetada pelo pai biológico, Jor Ell, depois sendo adotado pelo casal Jonathan e Martha Kent, numa fazenda de Smallville.
 
Através dos letreiros iniciais vamos ver que o Superman já está na ativa em Metrópolis há três anos, que recentemente impediu uma guerra geopolítica desigual entre dois países do Oriente Médio, Borávia e o empobrecido Jarhanpur, o que acabou gerando uma perseguição e combate de um supersoldado boraviano contra o herói kryptoniano nos céus de Metrópolis.
 
Logo de cara vamos deparar com Superman caindo nna neve ferido próximo a sua casa, a Fortaleza da Solidão, todo arrebentado. Acabou de ser surrado. Com a ajuda do cão Krypto ele chega até o seu esconderijo, onde andróides tratam de cuidar dele. Um super herói com costela fraturada, baço perfurado e hemorragia interna já assusta de início, pois o maior herói da Terra apanhou tanto que teve que ter uma saída estratégica do combate, se não ia morrer espancado.
 
E depois de recuperado ele volta para Metrópolis e é mais surrado ainda. E logo descobrimos que quem está a frente do supersoldado da Borávia é Lex Luthor, bilionário e mente brilhante que tem uma gigantesca inveja de Superman e odeia o seu bom mocismo, ainda mais partindo de um 'alienígena' que quer levar paz para o Mundo.
 
Luthor então conspira contra o herói kryptoniano e quer prejudicar o máximo que puder a sua reputação para dessa forma ter a possibilidade de ter o comando global através de atos belicistas.
 
Através de portais que conduzem para uma zona neutra espacial, Luthor consegue controlar as ações de Superman e armar um plano que o faz ficar preso e enfraquecido, enquanto tenta armar uma engenharia de manipulação midiática e bélica de domínio global.
 
Gunn introduz o grupo de metahumanos que integram a Gangue da Justiça formado pelo Lanterna Verde, de Guy Gardner, Mulher Gavião e Senhor Incrível que ajudam em alguns momentos de crise, até serem pegos de surpresas com uma mentira de escala global de Luthor.
 
Com essa premissa James Gunn consegue dar uma dinâmica de ação quase ininterrupta, intercalada por momentos pontuais que mostram o repórter Clark Kent (interpretado de forma correta por David Corenswet) e a sua relação com a também repórter Lois Lane (a ótima Rachel Brosnahan) , ambos colegas no Clarim Diário.
 
E o diretor conduz a trama principalmente na fixação doentia de Luthor (Nicholas Houdt excelente) e nas consequências das ações que fizeram de Superman um sobrevivente, que sofre demais em sua luta em querer transformar o mundo num lugar melhor, indo até mesmo contra a temeridade dos seus pais.
 
A conotação política em mostrar um Luthor ambicioso, sociopata obcecado em derrotar e matar Superman por não suportar a sua figura de herói, nos faz pensar de forma imediata que o retrato fiel do fascista que brinca de Deus e quer comandar o planeta como um Trump.
 
O paralelo existe e é impossível as vezes desassociar a ficção quadrinistica da realidade bruta. E aí é um ponto positivo, mas que logo se dissipa no exagero, transformando Lex no senhor absoluto do caos.
 
Nesse ponto vale citar a presença do personagem Senhor Incrível (o ótimo ator Edi Gatheji) cujos poderes e determinação em querer ajudar Superman em uma crise que parece irreversível, sua genialidade impulsiona a história pra frente e que chega a dar certa coerência, principalmente no terço final do filme chamado de grande clímax com Metrópolis sendo destruída e que lembrou muito o absurdo desproporcional de 'O Homem de Aço' com aquele final avassalador.
 
O filme tem muitos efeitos de CGI e exagera em situações que beiram a insanidade, como o rio molecular onde o Superman tem que fazer um resgate agonizante e isso não é positivo, pois soa falso, com todo o excesso superlativo que uma sequência de ação pode ser criada num computador lembrando um jogo do PS4.
 
O novo Superman é um filme criado e feito para uma nova geração, mais imediatista e artificial. Porém fez sucesso rendendo mais de 700 milhões de dólares em bilheteria. No Brasil o filme foi um estouro.
 
Mas, juro, em alguns momentos tive saudades da versão sombria de Zack Snyder.
 
O filme já tem uma continuação garantida para 2027, e no filme mesmo já tem o anúncio prévio para a nova versão de Supergirl.
 
Assista como diversão escapista, mas, pra mim, nada que justifique o hype que foi gerado.
 
 

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