A companhia Azul Linhas Aéreas cancelou, de forma repentina, 12 voos com origem e destino no estado de Rondônia, gerando transtornos a passageiros e levantando preocupações quanto à oferta de voos durante os próximos meses, especialmente no período de férias escolares em dezembro, quando o fluxo de viajantes aumenta consideravelmente em todo o país.
A redução foi implementada sem aviso prévio à população e, até o momento, não houve posicionamento oficial por parte da empresa explicando os motivos dos cortes. A falta de comunicação agravou o impacto, deixando passageiros desinformados e com dificuldades para remarcar viagens ou buscar alternativas.
A medida afeta diretamente os aeroportos de Porto Velho, Ji-Paraná e Vilhena, principais pontos de embarque e desembarque no estado. Passageiros relataram o cancelamento de voos agendados, aumento no tempo de espera para novas datas e valores elevados nas passagens remanescentes.
Segundo relatos, a decisão causou prejuízos a quem depende do transporte aéreo para trabalho, saúde e compromissos familiares. “É um descaso com Rondônia. Já temos poucas opções de voos, e agora a situação ficou ainda mais difícil. A empresa cortou os voos e ninguém nos informou. Tive que remarcar minha viagem pagando muito mais caro”, reclamou uma passageira que preferiu não se identificar.
A situação se torna ainda mais preocupante ao se considerar o mês de dezembro, período de férias escolares e festas de fim de ano, quando a demanda por passagens aéreas aumenta em todo o país. Com a redução da oferta, o receio é que o estado fique praticamente isolado por via aérea, o que pode provocar escalada nos preços, dificuldades logísticas e sobrecarga nos voos disponíveis.
Diversas lideranças locais e usuários cobram explicações da companhia e pedem intervenção das autoridades federais e estaduais. A ausência de um plano de contingência ou justificativa oficial é vista como um sinal de desrespeito com os rondonienses, que já enfrentam limitações no transporte aéreo devido à localização geográfica e à baixa quantidade de rotas oferecidas.