QUE CONTA É ESSA?: Só 5% dos alunos do 3º ano médio têm bom desempenho em matemática

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Foto: Reprodução

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A ONG Todos Pela Educação e o Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional) lançam nesta segunda-feira (28), Dia Mundial da Educação, o estudo “Aprendizagem na educação básica: situação brasileira no pós-pandemia”.    
 
Além de dados sobre desigualdades educacionais na educação básica envolvendo questões étnico-raciais, o levantamento traz um cenário bastante desafiador no que diz respeito ao aprendizado de matemática.   
 
O Iede atualizou o portal QEdu com os resultados mais recentes do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica). As informações de 2023 evidenciam, entre outros aspectos, a dificuldade contínua do Brasil em ensinar matemática.    
 
Em 2023, no 9º ano, o percentual de estudantes com aprendizado adequado na disciplina ficou em 16% (em 2019, era 18%, e, em 2021, 15%). Já no 3º ano do ensino médio, manteve 5% - o mesmo índice crítico de 2021. Neste cenário de baixíssima aprendizagem, as desigualdades raciais persistem: entre os estudantes brancos, 8% tiveram aprendizado adequado em matemática; entre os pretos, 3%.   
 
Na aba “Aprendizado”, o QEdu também mostra a distribuição dos estudantes de escolas públicas nos quatro níveis de proficiência: insuficiente, básico, proficiente e avançado, lembrando que o “adequado” corresponde à soma de proficiente e avançado. Destaca-se o fato de que, no último ano da educação básica, 59% dos estudantes brasileiros estão no nível mais baixo da escala - o insuficiente - em matemática. Em língua portuguesa, são 33%.  
 
Nessa mesma página do QEdu, também é possível consultar os percentuais de estudantes com aprendizado adequado, segmentados por nível socioeconômico (NSE). Já nos anos iniciais, as disparidades entre os grupos são bastante acentuadas: no 5º ano, 52% dos alunos de alto NSE têm aprendizado adequado em matemática, enquanto entre os de baixo NSE esse percentual é de 32%. Em língua portuguesa, são 61% contra 45%.   
 
De acordo com Ernesto Martins Faria, diretor-fundador do Iede, desde que o Brasil passou a monitorar a aprendizagem com avaliações externas - Saeb na década de 1990 e PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) no ano 2000 - os dados apontam um cenário pior em matemática na comparação com língua portuguesa.    
 
Os dados de 2023 reforçam esse diagnóstico. “Pouquíssimos alunos terminam a educação básica com boa aprendizagem na disciplina. Precisamos exigir que a matemática seja uma das pautas prioritárias da educação brasileira, com políticas mais robustas a nível federal, estadual e municipal, e que esse desafio seja melhor apresentado no novo Plano Nacional de Educação”, completa.   
 
No período de 2019 a 2023, 11 estados registraram avanços na proporção de alunos com aprendizagem adequada em língua portuguesa. Em matemática, no entanto, apenas 4 estados apresentaram melhora: Ceará, Goiás, Alagoas e Maranhão. E, ainda, assim os avanços foram tímidos, com variações que não ultrapassaram 0,5 ponto percentual. 
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