ESGOTO: Rondônia registrou 3.869 internações por falta de saneamento em 2024

Mulheres, idosos e crianças são grupos mais afetados pela deficiência do tratamento de esgoto e água

ESGOTO: Rondônia registrou 3.869 internações por falta de saneamento em 2024

Foto: Esgoto a céu aberto no Orgulho do Madeira / Rondoniaovivo (2023)

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Falta ou inadequação de saneamento básico e ambiental aumenta o número de internações médicas, mostra um novo estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, divulgado nesta quarta-feira (19). De acordo com o levantamento, Rondônia - que tem um dos piores índices de saneamento do país - registrou 3.869 internações por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado (DRSAI) em 2024.
 
O estudo foi baseado em dados do Ministério da Saúde. As chamadas DRSAI são doenças transmitidas por infecção feco-oral (quando o indivíduo ingere partículas de cocô) e por inseto vetor, como diarreias, salmonelose, cólera, amebíase, febre, tifoide, hepatite A, dengue, febre amarela, malária, doença de chagas, esquistossomose e leptospirose; e doenças relacionadas com a higiene, como conjuntivite, dermatofitoses etc.



 
Básico ou ambiental?
 
No Brasil, o saneamento básico é definido pela Lei nº. 11.445/2007 como o conjunto dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais. Aqui estão incluídas tanto a instalação dos equipamentos e da infraestrutura de saneamento quanto a operação continuada dos serviços.
 
Saneamento ambiental, segundo o estudo, é uma visão mais ampla que compreende o conjunto de ações socioeconômicas com objetivo de alcançar um ambiente capaz de prevenir a ocorrência de doenças veiculadas pelo meio ambiente e de promover condições favoráveis à saúde da população. O saneamento ambiental inclui questões da preservação ambiental tais como qualidade do ar, qualidade da água, qualidade do solo, destinação dos resíduos sólidos, os impactos ambientais das ações humanas e a educação ambiental.
 
É importante destacar que, apesar de todas serem classificadas pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) como DRSAI, o saneamento não é a única causa para estas doenças. A dengue, por exemplo, é influenciada pela falta de infraestrutura - que também é problema em Rondônia -, mas não é a única causa.
 
O estudo, que pode ser acessado na íntegra por ESTE LINK, aponta que mulheres, crianças, pardos, amarelos, indígenas e idosos são os mais afetados pelas doenças. “Quanto maior a parcela da população de um município com acesso aos serviços de abastecimento de água e de coleta de esgoto, menores os números de internações e de mortes por essas doenças”, lê-se no material.
 
Como registrou o Rondoniaovivo, Porto Velho, capital de Rondônia, foi classificada como o município com pior saneamento básico do país em 2024. Aqui, apenas 9,89% da população tem acesso ao tratamento de esgoto.
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