A superintendência do Incra em Rondônia manifesta pesar pelo falecimento de seu pioneiro servidor (aposentado), Eustáquio Chaves Godinho, nesta data.
Eustáquio Chaves Godinho foi técnico agrícola do Incra desde que chegou em Rondônia em 1972, contribuindo para a formação da infraestrutura fundiária do que é hoje o Estado de Rondônia.
Inicialmente começou a trabalhar no Projeto Integrado de Colonização Ouro Preto e depois foi enviado para implantar o Projeto Padre Adolfo Rohl, na antiga Vila do Jaru.
Ocupou diversos cargos de gestão na superintendência de Rondônia, sendo o mais recente o de chefe da Divisão de Ordenamento da Estrutura Fundiária.
Profundo conhecedor da formação do estado, por meio da atuação do Incra, Eustáquio divulgou em 2020, por ocasião dos 50 anos do Incra, artigo sobre a história da autarquia. Confira a seguir um trecho:
"(...) Rondônia, antes considerada uma região subdesenvolvida, destaca-se hoje por sua importância como pólo econômico brasileiro em desenvolvimento, viabilizado com ênfase ao processo produtivo de integração nacional.
Os servidores do INCRA, indistintamente, foram de suma importância para que Rondônia alcançasse o atual nível sócio-econômico, destacando-se hoje, como um dos grandes Estado da Federação, aliás, não fosse o processo monitorado pelo Incra, organizando a estrutura fundiária do Estado/RO, separando as terras públicas do privado, e, pondo-as na mão do particular comprometido com a exploração da terra, Rondônia não estaria ao prestígio da economia brasileira como já dito.
No inicio da década de 70, o INCRA desenvolvia quase todas as atividades por administração direta, através dos seus próprios servidores (demarcação topográfica, construção de estradas, concessão de crédito rural, construção de casas para colonos, Serraria do INCRA em Ouro Preto, concessão de crédito para atendimento a saúde, assistência social, organização social - Cooperativa – CIRA Ouro Preto - assistência técnica; orientação da comercialização da safra etc);
Nos primeiros momentos da atuação do INCRA em Rondônia, contratava-se topógrafos, mateiros, guardas rurais, operários rurais, desenhistas, operadores de máquinas pesadas, barqueiros, operadores de rádio de telecomunicação, vigias, artífices para serviços de cozinha e limpeza, datilógrafos, pilotos de helicóptero e de avião técnicos de nível médio e superior, bem como, professores, médicos, dentistas etc.
Mas, como dizíamos, a missão está cumprida somente até a data de hoje, portanto, muito está por se fazer e cumprir, significa dizer: 'O TRABALHO CONTINUA'. Isto é relevante, pois, aí estão os agricultores sem terra a demandar mais projetos, mais lotes com estradas, demarcações e outras obras de infraestrutura necessárias ao homem do campo, portanto, o INCRA deverá buscar forças e apoio junto ao órgão central para implantação nesses próximos anos de novos projetos, que permitam o processo de continuidade a este tipo de trabalho agrário."
A superintendência manifesta seu pesar pela passagem de tão importante servidor em sua história, desejando que familares e amigos tenham o coração confortado neste momento de dor.
O velório será realizado na Funerária Dom Bosco, na avenida Pinheiro Machado nº 1964, em Porto Velho (RO).