Um estudo internacional publicado na conceituada revista científica PNS, constatou que os estados de Rondônia e Amazonas, sozinhos, concentraram 78,9% de todos os casos de malária registrados na Amazônia Brasileira entre os anos de 2003 e 2022.
A publicação científica também apontou que, juntos, os estados de Rondônia, Mato Grosso, Pará e Amazonas foram responsáveis 87,7% de todo o desmatamento na Amazônia nas últimas duas décadas.
Conforme os cientistas, as queimadas e os casos de malária têm uma relação, motivo pelo qual os estados que mais queimam aparecem como os que mais possuem casos de malária.
“... o desmatamento aumenta a transmissão da malária, mas a relação não é espaço-temporalmente uniforme, e esses resultados têm implicações na estratificação das intervenções de controle da malária com base na dinâmica ecológica, o que pode ajudar o Brasil a atingir sua meta de eliminação da malária até 2035”, diz a publicação da revista PNS.
Conforme a conclusão dos cientistas, o aumento de 1% no índice do desmatamento mensal representa um aumento de 6,3% nos casos de malária no mês seguinte. Esse efeito é mais agudo em cidades que possuem uma faixa maior de floresta amazônica.
Os pesquisadores utilizaram um método cientifico denominado de "Regressão de Poisson" que é uma forma de análise usada para modelar dados onde a variável de resultado são dados de contagem.