Um ofício encaminhado para o presidente da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia - CAERD, Cleverson Brancalhão, trouxe à tona a possibilidade de os portovelhenses terem disponibilizados em suas casas água tratada de chorume oriundo de lixo urbano depositado em um aterro sanitário em Porto Velho.
O documento pede a anuência da CAERD para ser feita uma espécie de "vista grossa" pela entidade no que diz respeito aos limites para o despejo dos resíduos de chorume tratado nas proximidades do centro de captação de água da companhia localizado no rio Madeira.
Segundo o ofício, após o tratamento do chorume, ele será jogado em um curso hídrico que desemboca nas proximidades do ponto de coleta da CAERD, o que, conforme a Secretaria Municipal de Serviços Básicos - SEMUSB, possibilita uma maior capacidade de autodepuração e diluição do chorume.
"Diante disso, considerando o interesse público na implantação do aterro sanitário e a existência do ponto de captação de água para abastecimento público do rio Madeira, a jusante da área destinada ao aterro, viemos por meio deste, confirmar o requerido pela SEMA e solicitar a anuência da CAERD acerca das restrições associadas a instalação do empreendimento associado ao ponto de captação de água para abastecimento público", relatou a SEMUSB em ofício.
Vale destacar que, por ter uma alta carga de substâncias tóxicas como metais pesados, arsênio, cobre, mercúrio, cobalto e chumbo, o chorume tratado é muito utilizado na adubação de plantas, porém, não é recomendado para o consumo humano, mesmo que esteja cristalino.
A CAERD deve se pronunciar oficialmente sobre solicitação feita pela SEMUSB nos próximos dias.