Por causa da
seca, o porto marítimo de Porto Velho (RO) está paralisado desde segunda-feira (30). A pausa, apesar de temporária, pode encarecer todas as mercadorias (incluindo granéis sólidos, alimentos e combustíveis) que dependem do transporte aquaviário para chegar ao mercado consumidor.
De acordo com a Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (SOPH), que administra o porto, a
severa estiagem tem prejudicado o tráfego de embarcações.
Diversas balsas tem encalhado ao longo do
rio Madeira devido à formação de bancos de areia e exposição de pedrais. Essa paralisação afeta, principalmente, a movimentação de granéis sólidos, como milho, soja e fertilizantes, além de granéis líquidos, como massa asfáltica e biocombustíveis, e cargas gerais, incluindo alimentos, bebidas e veículos.
A seca alterou a forma de transportar.
Transportadoras responsáveis pelo frete de combustíveis movimentam as embarcações com apenas metade do abastecimento, o que encarece o frete – e consequentemente, pode afetar o preço nos postos.
Moradores da região do Baixo Madeira ouvidos por
Rondoniaovivo contaram para reportagem que já sentem o efeito da crise climática nos preços de mercadorias para alimentação. Como contou o jornal O Globo, a inflação de alimentos consumidos no domicílio está prevista para fechar em 2024 acima de 6%, de acordo com economistas.
Além de afetar o frete (e consequentemente, o preço) de produtos, a seca de 2024 também reduziu a produtividade de
culturas importantes para Rondônia, como a soja, conforme apontado por um relatório elaborado pelo Bradesco.