ÁGUA SUMINDO: Crise hídrica afeta lençóis freáticos e poços secam em Porto Velho

Parte da população da capital já está desabastecida por conta da seca dos poços e falta de rede de água encanada e tratada

ÁGUA SUMINDO: Crise hídrica afeta lençóis freáticos e poços secam em Porto Velho

Foto: Divulgação/Perfurarte

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Porto Velho enfrenta uma das piores crises hídricas dos últimos anos, com a seca afetando diretamente os lençóis freáticos e a disponibilidade de água em poços. A falta de chuva que vem sendo cada vez pior nos últimos cinco anos vem fazendo com que os poços nas residências dos porto-velheneses fiquem sem água.

 

Os dados vêm de satélites do sistema GRACE (Gravity Recovery and Climate Experiment), um projeto conjunto entre a NASA (EUA) e o DLR (Alemanha), que faz pesquisa sobre águas subterrâneas, dos níveis dos mares e derretimento de geleiras. As informações indicam que grandes áreas da Amazônia, incluindo Rondônia, estão perdendo rapidamente seus recursos subterrâneos de água.

 

A professora Tatiane Emílio Checchia, coordenadora do Laboratório de Hidrotecnia da Engenharia Civil da Unir, explicou que a escassez prolongada de chuvas não apenas diminui os níveis dos rios, como o rio Madeira, mas também compromete o reabastecimento dos lençóis freáticos, fontes essenciais para os poços artesianos e amazônicos que abastecem grande parte da população. "Quando as chuvas param, a água dos rios vem dos lençóis freáticos. Se eles estão baixos, a crise de abastecimento piora ainda mais", disse a professora.

 

A situação preocupa especialistas locais que já alertaram as autoridades, mas medidas para preservar ou reabastecer os lençóis freáticos ainda não foram discutidas com a seriedade que a crise exige. Na opinião da pesquisadora, a falta de políticas públicas adequadas para a gestão dos recursos hídricos na Amazônia agrava o problema colocando em risco a segurança hídrica de Rondônia e de toda a região.

 

Apesar dos pesquisadores já terem mantido reuniões com órgãos do governo estadual, até o momento nenhuma medida foi tomada para reverter o problema. Como a crise hídrica já é anunciada como fenômeno constante para os próximos anos, o quanto mais demorar para soluções governamentais, pior deve ficar a situação dos poços e do abastecimento da população.

 

Além de alternativas para mitigar o problema, ações governamentais precisam ser criadas com urgência para garantir água potável para a população, dentre essas, a ampliação da rede de água tratada. A indiferença ou o abandono de responsabilidade intensificará o problema de escassez de água nos anos seguintes. 

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