ENQUETE: Você é a favor do uso da linguagem neutra?

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ENQUETE: Você é a favor do uso da linguagem neutra?

Foto: Freepik / Juliana Vitória / Reprodução via Guia do Estudante

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O Rondoniaovivo quer apurar a opinião de seus leitores frente a um assunto pertinente ao debate público. Você, leitor do jornal, é a favor ou contra do uso da linguagem neutra? A questão voltou a ter destaque recentemente depois que a revista Veja publicou uma matéria intitulada “Governo quer que ‘linguagem neutra’ entre na pauta do Congresso”. 
 
De acordo com a publicação, o Ministério da Cultura divulgou uma lista com 30 propostas que devem fazer parte do novo Plano Nacional de Cultura, uma lei que, se aprovada no Congresso, vai estabelecer as metas do setor pelos próximos dez anos. 
 
Uma das propostas é a criação de um programa que prevê que estudantes, educadores e gestores terão “formação para uso da linguagem neutra”. Linguagem neutra é o nome dado à comunicação que aplica um gênero neutro em vez do feminino ou masculino. Por exemplo, propõe a palavra ‘todes’ como alternativa para ‘todos’ ou ‘todas’.
 
Esse tipo de comunicação é adotado a fim de incluir membros da comunidade LGBT+, como pessoas trans, não-binárias ou intersexo (que não se identificam como homem ou mulher), para que se sintam representados na sociedade.
 
Após a publicação da matéria da Veja, o MinC afirmou, em nota, que o uso da linguagem neutra não é um projeto do Governo, e sim uma proposta resultante dos debates públicos realizados durante a 4ª Conferência Nacional de Cultura, que aconteceu em março deste ano, em Brasília. A pasta ressaltou que as propostas não são automaticamente revertidas em metas ou objetivos do Plano Nacional de Cultura.
 

Na Câmara

Os maiores críticos da ‘linguagem neutra’ são os deputados e parlamentares conservadores e à direita do espectro político. O parlamentar mineiro Nikolas Ferreira (PL), presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, é crítico da pauta. Quando era vereador em Belo Horizonte, ele conseguiu aprovar uma lei municipal que proíbe o uso da linguagem neutra nas escolas da capital mineira. 
 
Caso o projeto da linguagem neutra seja realmente enviado ao Governo, o assunto será analisado pela comissão de Educação, que, além de Nikolas, é controlada por parlamentares de perfil conservador - que defendem a ‘norma culta’ do português. Isto é, a norma padrão da língua, onde o papel de pronome neutro no plural é feito pelo artigo masculino. Por exemplo, se um grupo de pessoas é composto por homens e mulheres, mesmo que majoritariamente feminino, pode-se referir às pessoas do grupo como "eles" ou "todos".
 
É importante frisar que, em 2023, a Câmara dos Deputados aprovou a proibição de linguagem neutra em órgãos públicos.
 

Inclusão na sociedade

Fora da esfera política, o professor doutor Marcelo Modesto, da Universidade de São Paulo, defende a implementação dos pronomes neutros no ambiente escolar. Em entrevista ao Jornal da USP, o mestre disse que acredita ser apropriado um primeiro contato com a neutralidade da língua nas escolas, uma vez que a academia deve preparar o aluno para a vida. 
 
Ele atrela ao dever escolástico mostrar a diversidade e, com ela, trazer ao conhecimento a existência de pessoas trans e não binárias - mas diz que a adoção do pronome neutro somente no território brasileiro seria incerta e prejudicial. 
 
“Todo idioma consolidado tem uma língua legal e real. A língua portuguesa legal é burocrática e combinada entre a Academia Brasileira de Letras (ABL), a Academia Portuguesa e outras de países falantes do português. Para a linguagem neutra caminhar rumo à esfera legal, seria prioritário um acordo entre todos os países falantes do português, e a probabilidade disto acontecer é quase nula.”
 
E você, caro leitor, como se posiciona frente ao uso da linguagem neutra? Acha que deve ser implementada e ensinada nas escolas ou defende a permanência da norma culta? Expresse sua opinião abaixo, na nova enquete do Rondoniaovivo
 
Você é a favor do uso da linguagem neutra? 
 
A) Sim, sou a favor de usar linguagem neutra; inclusão é essencial
B) Não, sou contra usar linguagem neutra; a norma culta deve ser priorizada
C) Não entendo sobre o assunto
 
Vale ressaltar que a enquete não tem caráter científico e é apenas uma pesquisa de opinião pública. Os leitores do jornal podem, inclusive, sugerir temas para enquetes pelas redes sociais do Rondoniaovivo.
 
Direito ao esquecimento

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