Recentemente, o Ministério da Agricultura e Pecuária declarou emergência zoossanitária em todo o país. O alerta acontece pela detecção do vírus H5N1, que infecta aves e também pode afetar humanos. O primeiro caso suspeito foi registrado em Vitória (ES), em um homem de 61 anos.
A suspeita do caso se deu dois dias após o Ministério da Agricultura anunciar a detecção da gripe em três aves silvestres, também no Espírito Santo. Estes são os primeiros casos do vírus registrados no Brasil.
A gripe aviária é rara em humanos, mas espalha-se rapidamente entre os animais. É um vírus que causa sintomas graves e já foram registrados oito casos de aves silvestres contaminadas, todas aves migratórias.
Não existe, até o momento da publicação desta reportagem, nenhum caso de infecção confirmado em ave comercial ou ser humano no Brasil.
De acordo com o Ministério da Saúde, a transmissão da doença ocorre por meio do contato com animais doentes, vivos ou mortos. O vírus não infecta humanos com facilidade e, quando isso ocorre, geralmente a transmissão de pessoa para pessoa não é sustentada.
Quando acontece em humanos, a taxa de mortalidade é alta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 52% dos infectados morrem.
É importante pontuar que a influenza aviária não é transmitida pelo consumo de aves ou ovos.
O Instituto Butantan, em São Paulo, está desenvolvendo vacina contra a doença, com cepas do vírus cedidas pela OMS, mas ainda não existe previsão para a produção do imunizante.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os sintomas da gripe aviária em galinhas são:
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Tosse, espirros e muco nasal;
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Queda de postura, na produção de ovos e/ou alterações nas cascas dos ovos; hemorragias nas pernas e às vezes nos músculos;
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Edema (inchaço) nas juntas das pernas; inchaço da crista e barbela, com cor roxa-azulada ou vermelho escuro;
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Falta de coordenação motora (sintomas nervosos);