Motoristas de aplicativos da Uber e 99 em Porto Velho aderiram à paralisação geral da categoria nesta segunda-feira (15) e estão reunidos no Espaço Alternativo, próximo ao aeroporto da capital.
A greve, liderada pela Federação dos Motoristas de Aplicativos do Brasil (Fembrapp), promete trazer complicações para aqueles que dependem desse tipo de transporte na cidade.
A paralisação tem duração prevista de 24 horas e é uma manifestação dos motoristas de aplicativos de todo o país. A Fembrapp estima que 70% dos motoristas da categoria aderiram ao movimento.
Com aproximadamente 2 milhões de motoristas cadastrados e ativos no setor em todo o Brasil, espera-se que a mobilização tenha um impacto considerável nas operações das empresas de transporte por aplicativo.
Os motoristas reivindicam melhores condições de trabalho, incluindo o aumento das tarifas pagas pelas empresas, a redução das taxas cobradas sobre as corridas e a garantia de mais segurança e proteção aos profissionais.
Além disso, eles demandam o reconhecimento dos motoristas de aplicativos como trabalhadores, com direito a benefícios trabalhistas e previdenciários.
Segundo os representantes da categoria, o valor repassado pelas plataformas aos motoristas segue congelado dede 2016, porém houve aumento de preços para os passageiros.
Uma corrida que sete anos atrás custava R$ 10 para o passageiro, o motorista embolsava R$ 7,50. Hoje, a mesma corrida sai por cerca de R$ 14 para o passageiro, e o motorista fica com quase R$ 7. Há casos em que o desconto para o motorista chega a 60%.
Alguns grupos reivindicam também direito a seguro de vida e de saúde, medidas para tornar a atividade mais segura e um valor adicional para cada parada solicitada durante uma corrida.