SALGADA: Litro da gasolina sobe quase 1 real em Porto Velho sem reajuste oficial

Enquanto a população estava com todas as atenções voltadas para a folia de Carnaval, os preços da gasolina subiram repentinamente em todos os postos de Porto Velho, mesmo sem aumento oficial feito pelo Governo Federal por meio da Petrobras. 

Em pouco mais de uma semana, a diferença chegou a quase 1 real por litro do produto, segundo relatos feitos ao Rondoniaovivo.

Antes, a média de preço era de R$ 4,79 a 4,89 na maioria dos locais. Hoje, está em R$ 5,59. Um aumento de pelo menos 80 centavos.

“Um impacto muito grande. A gente que anda rodando por aí, o custo subiu quase 20% em uma semana. Daqui a pouco voltaremos a trabalhar para pagar apenas a gasolina”, reclamou Fabrício Vasconcelos, motorista de aplicativo.

E nem adianta gastar combustível e pneus em busca de preços menores. O jornal eletrônico visitou pelo menos cinco postos e os preços são iguais em todos.

“Pode procurar, pois 99% estão com valores semelhantes. Até hoje só vi um com R$ 5,29 e outro com R$ 5,13. Por outro lado, a gente fica receoso em ir, pois o gasto pode ser maior se der problemas com o carro. Economiza na gasolina, mas gasta com oficina”, lamentou a microempresária Geovanna Medeiros.

Em um posto no Bairro Nova Porto Velho, custo está maior ainda: R$ 5,69 - Foto: Felipe Corona/Rondoniaovivo

Explicações

O Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo de Rondônia (Sindipetro) informou que mesmo sem anúncio oficial de reajuste, as empresas foram “obrigadas” a aumentar os valores.

“Os postos compram apenas de três locais: da Petrobras, de importação e da Reman, que é a refinaria de Manaus. Elas estão fazendo o que querem. Uma diz que aumenta porque as outras aumentaram. Aí quando uma baixa, as outras duas dizem que não estão sabendo que diminuiu o preço”, explicou Eduardo Valente, secretário-executivo do Sindipetro.

E o representante aponta que apenas repassou os custos para os consumidores: “Há quase três semanas os preços estão subindo. Então, como não pudemos absorver esse custo, tivemos que passar para a população”, afirmou ele.