Duas mulheres aguardam há quase um mês pelo procedimento; hospital diz que máquina está quebrada
Foto: Ângela Maria é uma das pacientes que aguardam há quase um mês para retirar pedras da vesícula - Arquivo Pessoal
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Desde o dia 03 de junho, ou seja, com 27 dias de espera, Ângela Maria Pereira da Silva, de 51 anos, vem vivendo um grande tormento, enquanto aguarda uma cirurgia relativamente simples, que pode ser feita em pouco mais de uma hora para retirada de uma pedra na vesícula.
“Não aguentei e tive que ir para o hospital. Me internaram com diagnóstico da pedra na vesícula. E umas dessas pedras está descendo para meu fígado, me deixando muito mal e com dores fortíssimas”, desabafou ela.
Quem a acompanha nessa jornada de tristeza e agonia é a nora Andreia Lopes. “Ela está com aspecto amarelado. Há quase um mês que ela aguarda esse procedimento, a CPRE [Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica]. Apenas dizem para gente que o arco cirúrgico está quebrado, no Hospital de Base, que faz essa cirurgia. E até agora, nada, nenhuma novidade. Então, a gente quer levá-la para outro hospital”.
Além de ter problemas causados pela demora, Ângela está com medo de pegar outras doenças - Foto: Arquivo Pessoal
Por isso, a família está fazendo uma vaquinha para arrecadar os recursos necessários para fazer a CPRE em uma unidade particular.
“Venho aqui, encarecidamente por meio do Rondoniaovivo, pedir a ajuda de vocês, pois o procedimento ficou em torno de 14 mil reais. Não tenho esse valor para arcar. Por favor, peço ajuda de vocês e qualquer ajuda é bem-vinda”, falou Ângela Maria.
Quem quiser entrar em contato para saber notícias dela, pode entrar em contato com a nora Andréia, pelo número (69) 99260-6603. A chave PIX para doações é a mesma do telefone dela.
“A situação aqui está muito sofrida. Tem gente com Covid aqui do lado. Ela está muito debilitada e não se importam com ela. Estamos gastando dinheiro que nem temos com fralda, pois a que eles nos repassam, não vale nada”, lamentou Andréia.
Igualdade
Quem também está passando pelo mesmo suplício, com pedra na vesícula e também aguarda a CPRE é Andressa Regina da Paixão Silva de Castro, de 30 anos, que está internada no João Paulo II desde o dia 10 de junho. Ou seja, há 20 dias.
“Essa espera está demais. Tem muita gente esperando esse procedimento [CPRE]. O médico disse que o problema da máquina não é nem tão grave assim para ficarem demorando tanto para arrumar. Aqui me tratam bem, medicam certinho, mas corremos o risco de pegar outras doenças. Tem muita gente internada por Covid aqui e é perigoso para todo mundo”.
Andressa também aguarda há 20 dias para retirar pedra na vesícula, que já começou a se movimentar dentro de seu corpo - Foto: Arquivo Pessoal
Ela conta que outros pacientes já começaram a desistir por conta da demora. Inclusive, uma moça do interior foi embora na quarta-feira (29).
“Teve uma moça de Guajará-Mirim, que entrou no mesmo dia que eu e estava bem ruim. Pegou as coisas dela e foi embora. Ela tem um filho de 10 meses, que estava com a mãe dela. A mãe estava cuidando, mas pela demora, começou a prejudicar. Desistiu de esperar, além de ser prejudicada. Quem desiste, não sai com nada. Nem com laudo, nem exame. Se agravar a situação dela, vai ter que começar tudo de novo”, explicou Andressa.
Lentidão
Apenas seis dias depois do primeiro contato, a Secretaria Estadual de Saúde respondeu somente na segunda-feira (04) informando que "que a paciente A.M.P.S. foi atendida e internada primeiramente no Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, em Porto Velho, quando foram realizados os atendimentos emergenciais visando principalmente conter a dor, tratar o processo inflamatório e realizar os exames para fechar o diagnóstico de sua condição de saúde".
A nota segue apontando que "com o diagnóstico fechado, na sequência ela foi transferida para o Hospital de Base em Porto Velho, para dar continuidade ao tratamento. A paciente realizará o procedimento cirúrgico esta semana, com previsão de atendimento na quarta-feira (06). Esta Secretaria de Saúde ressalta que a paciente recebeu todo o apoio e acolhimento necessário, tanto enquanto esteve internada no Hospital e Pronto Socorro João Paulo II quanto no Hospital de Base".
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