Um número em torno de 120 funcionários estão reivindicando o pagamento dos salários por parte da empresa Nutrimais, que fornecia alimentos para o Hospital de Base e outras unidades do Governo de Rondônia. Em um manifesto na Praça Aluízio Ferreira, região Central de Porto Velho, um grupo de empregadas conversou com o repórter William Ferreira ‘O Homem do Tempo’ na quinta-feira (19).
Segundo os funcionários, a empresa deixou de prestar serviços para o governo em agosto de 2021 e não fez o pagamento dos direitos trabalhistas.
“Eles saíram e não nos pagaram o salário do mês, nem indenização trabalhista, décimo terceiro, férias e nada. Eles simplesmente sumiram”, conta uma funcionária que preferiu não se identificar.
Os ex-empregados contaram também que a empresa ainda não deu baixa na carteira trabalhista, o que impossibilita de eles serem contratados por outras firmas.
“Ninguém foi fazer serviço voluntário não, fomos porque precisamos do dinheiro. Eu só trabalhei para ela cinco meses, mas tem gente aqui que tem anos de firma: 12 anos, oito anos”, comentou outra funcionária.
Polêmicas
Nota divulgada pela empresa na época | Foto: Divulgação
Na época, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) respondeu aos questionamentos do
Rondoniaovivo, informando que a empresa estaria deixando de entregar as documentações necessárias, por esse motivo não estava sendo feito o pagamento.
O
Rondoniaovivo tentou contato com a Nutrimais, mas não conseguiu obter êxito. A reportagem também procurou o Governo de Rondônia para esclarecimentos sobre o caso. Veja a nota abaixo:
A Secretaria de Estado d Saúde (Sesau) esclarece que atualmente a empresa L & L Indústria Com. Alim. Eireli não possui contrato vigente com esta Secretaria, sendo o último contrato o de nº 685/PGE2020 (ID 0020130884). Até a presente data a empresa L & L Indústria Com. Alim. Eireli não possui valores pendentes de recebimento e não consta no Setor de Contratos da Sesau nenhuma nota fiscal da empresa, pendente de envio para pagamento.
Ressalta, ainda, que em virtude da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), da ministra Rosa Weber, em janeiro de 2022, é proibida a penhora de verbas estaduais para fins de bloqueio trabalhista. Atualmente o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops) possui contrato vigente com esta Secretaria Saúde, através do Termo de Cooperação nº 011/PGE-2020 (SEI nº 0011227772), cujo objeto é fornecimento de alimentação hospitalar.