Segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) a previsão meteorológica para a semana de carnaval é de alerta em todo o Estado.
O acompanhamento dos níveis das principais bacias hidrográficas do Estado é feito diariamente, através do Portal HidroWeb, uma ferramenta que reúne dados de níveis fluviais, vazões, chuvas, climatologia, qualidade da água e sedimentos e oferece orientações de como proceder em casos de novas enchentes no Estado.
Os dados disponíveis no Portal HidroWeb se referem à coleta convencional de dados hidrometeorológicos, ou seja, registros diários feitos pelos observadores e medições feitas em campo pelos técnicos em hidrologia e engenheiros hidrólogos.
Por meio dessas informações, é possível acompanhar a ocorrência de eventos hidrológicos considerados críticos, inundações e secas, e se planejar medidas de migração dos impactos decorrente desses eventos.
Caso o município precise decretar situação de emergência ou Estado de calamidade pública, deve registrar os desastres ocorridos nesse sistema, consultar e acompanhar os processos de reconhecimento federal.
O sistema possibilita ainda, consultar e acompanhar os processos de transferência de recursos para ações de resposta e de transferência de recursos para ações de reconstrução.
Conforme explicou o coordenador da Defesa Civil Estadual, major bombeiro Jaime Fernandes da Silva, existe um índice de previsão de precipitação hídrica elevada para os próximos dias em Rondônia.
O grande volume de chuva que vem ocorrendo já deixou famílias desabrigadas e desalojadas na região central do Estado. Até o momento os municípios de Cacoal, Pimenta Bueno, Rolim de Moura, Ji-Paraná e Ariquemes foram os mais afetados com a enchente.
Em Ji-Paraná 600 famílias foram afetadas, 100 famílias ficaram desalojadas e foram obrigadas a abandonar temporariamente ou definitivamente sua habitação e duas ficaram desabrigadas (precisaram de abrigo provido pelos entes públicos). Já em Cacoal 1.032 famílias ficaram desalojas e 200 desabrigadas. Em Rolim de Moura o número aumentou para 249 famílias afetadas, e 8 enfermos.
O coordenador da Defesa Civil faz um alerta sobre os cuidados durantes as chuvas
Os municípios disponibilizaram abrigos temporários, montados em escolas, ginásios, em igrejas de acordo com as peculiaridades de cada cidade, para as famílias atingidas.
“Os rios de Rolim de Moura, Pimenta Bueno são pequenos de pouca vazão que rapidamente enchem e inundam. É muita chuva e a água vai escorrer para algum lugar. Abrigos foram montados em ginásios para atender a população”, disse o major.
Foram enviadas pela Cedec a Ji-Paraná, 107 cestas básicas, 1.556 fardos de água mineral, 144 kits de higiene pessoal e 103 kits de limpeza doméstica. Também foram enviados a Rolim de Moura 500 fardos de água mineral, 40 kits de higiene pessoal e 40 kits de limpeza doméstica.
“O inverno Amazônico vai até março. As chuvas estão frequentes e a previsão para as próximas semanas é de um volume ainda mais alto. Se elas continuarem fortes no interior do Estado, os mesmos rios serão atingidos novamente”, enfatizou Jaime.
O comandante geral do Corpo de Bombeiros de Rondônia, coronel BM Nivaldo Azevedo Ferreira, afirma que em todo o Estado nos 15 municípios onde o Corpo de Bombeiros está instalado, os militares estão treinados para atuarem, caso uma novas enchentes aconteçam.
A população pode acompanhar a previsão de chuvas, e receber alertas sobre o risco de mal tempo, de deslizamento, inundação, alagamento, enxurrada, vendaval e outros desastres pelo celular, basta enviar SMS com o CEP da sua região para o número 40199. As mensagens são enviadas sempre que for necessário.
Se você mora ou estiver em uma área de inundação, saiba como agir ao receber um alerta da Defesa Civil:
– Se ficar isolado em local inseguro, acione o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.
– Evite contato com a água da inundação, pois o risco de contaminação é alto e você ainda pode se ferir com galhos, escombros e contato com animais peçonhentos.
– Evite atravessar as águas com o carro ou a pé, pois há risco de ser arrastado pela correnteza e de cair em bueiros ou em buracos formados pela erosão.
– Fique longe de postes e linhas de transmissão caídas. Choque elétrico é o segundo maior causador de mortes durante as inundações. A eletricidade é transmitida facilmente pelas áreas alagadas. Se possível acione a companhia elétrica da cidade para cortar a luz destas áreas inundadas.
– Se houver infiltração na casa e acontecer rachaduras nas paredes ou escutar algum barulho estranho, abandone imediatamente sua residência;
– Fique longe das correntes de água, pois ocorrem em grande velocidade e volume, e ainda carregam objetos que podem causar ferimentos.
– Ande junto a muros e paredes, preferencialmente seguro por cordas ou sendo auxiliado por outras pessoas. A força das águas em locais inclinados é incontrolável.
– No caso urgente de transpor a água corrente, é importante fazer uma corrente humana ou usar cordas como corrimão para garantir a segurança.
– Se for ajudar a salvar com uso de uma corda, sempre a use no sentido oblíquo aproveitando a correnteza, e não se esqueça de amarrar a extremidade que você está segurando em um local firme.
– Caso tenha sido retirado de sua residência (abandono ou salvamento) não volte para casa até as águas baixarem e o caminho estiver seguro.