DESIGUALDADE: Tributos para o consumo são iguais para todos e a renda não

Claúdio Ramos é tributarista e participou do Programa Conexão Rondoniaovivo, na última terça-feira(16)

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O consumo - preço da carne, do telefone, da locação, da moradia - vai ser o mesmo 17% ou 22% do ICMS, tanto para o pobre ou para o rico. Ou seja, naturalmente, acaba sendo desigual na análise da renda frente consumo”, explica o advogado 
 
Essa explicação foi dada pelo advogado tributarista e professor universitário, Claudio Ramos, durante entrevista ao programa ‘Conexão Rondoniaovivo’, da última terça-feira (15), apresentado pelo jornalista Ivan Frazão, que vai ao ar, diariamente, pelo Facebook do Rondoniaovivo, às 11:15.
 
Na conversa, Cláudio explicou também o motivo de o brasileiro pagar impostos e respondeu a vários questionamentos, como o de se, de fato, o país é o que mais cobra tributos no mundo.
 
Para ele, o Brasil não é o país que mais tributa em todo o mundo, ainda há outros países que também seguem esse padrão e maior, porém, a entrega de serviços não condiz com o que se paga e a concentração de renda crescente como um dos fatores que contribuem para a desigualdade.
 
Questionado sobre a desigualdade tributária, o porquê de os ricos pagarem os mesmos tributos que os mais pobres, sendo que a diferença econômica entre ambos é enorme. O advogado não se mostrou muito otimista em relação a acabar com essa disparidade nacional
 
“Existem regimes diferenciados/benefícios que não são aplicados a todos e, o custo da diferença, retorna, entre as aspas, indistintamente à todos. Isso sem mencionar fenômenos econômicos”. 
 
Auxílio Emergencial
 
Não há uma resposta para isso hoje, amanhã ou depois. Por que quando você concede um benefício para um determinado grupo, você precisa reequilibrar a balança, então de onde eu vou tirar esse dinheiro? Não existe almoço de graça, eu preciso reequilibrar esses custos, preços e verificar qual retorno de fato à sociedade como um todo”, explicou.
 
O advogado criticou a relação de consumo existente entre as classes sociais no Brasil. “Se formos colocar na balança, o custo para manutenção das famílias pobres, não dá para preencher os direitos sociais, e menos ainda cogitar que R$ 150/250/375 de auxílio emergencial, vai realmente gerar a transferência de renda para essas pessoas”.
 
Cláudio pontuou que a renda dos mais pobres encontra-se inferior à dos mais ricos, sob a observação de reajustes (moeda, inflação) mas o valor dos direitos sociais continuará igualitários para todos. 
 
“O preço da carne, do telefone, da locação, da moradia, vão ser os mesmos 17% ou 22% de ICMS, seja para o pobre e para o rico, ou seja, acaba sendo desigual o acesso”, finalizou.
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