Aluguel de armas e motos, bem como rodízio de bandidos tentam desviar da polícia
Foto: Divulgação
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Porto Velho viveu um momento de crescimento, com obras que atraíram trabalhadores de vários estados do Brasil. No entanto, a fase pela qual passou a Capital trouxe, na mesma proporção, a crescente onda da criminalidade, com modelos de crimes antes somente praticados nos grandes centros do país. Atualmente, bandidos estão se fortalecendo e formando grupos que se revezam em assaltos e latrocínios, na tentativa de despistarem a ação da polícia. Aliado ao rodízio de bandidos, a criminalidade também apresenta o “comércio” de aluguel de armas e motos que são pagos de acordo com o grau “serviço” praticado. Ou, como se diz na língua da bandidagem, depende da “pedra”.
Segundo informações obtidas através de investigações da própria polícia, o valor do aluguel de uma arma varia de acordo com a “fita”, termo que os marginais usam para denominar o serviço que será feito. Segundo relatos de menores, um assalto pode chegar R$ 3 mil e render ao dono da arma algo em torno de R$ 500.
A facilidade de encontrar armas no mercado negro vem resultando em um salto assustador de criminalidade, inclusive, praticada por adolescentes infratores que, nem mesmo com o calor das discussões sobre a redução ou não da maioridade penal, freiam os impulsos da vida marginal. Não há – pelo menos divulgados – dados oficiais, mas há informações de policiais que estão todos os dias nas ruas que o comércio existe. Eles combatem essa ação diariamente.
A própria polícia denuncia que casos em que a uma mesma arma ter sido utilizada em mais de 10 crimes praticados na Capital. Com as barreiras montadas na fronteira do Estado, os bandidos deixaram de atravessar armamento, reforçando a indústria do aluguel de armas, por isso a dificuldade da polícia em apreender armas de determinado crime, afirma uma fonte de A Gazeta de Rondônia.
Motos também passaram a ser negociadas a serviço do crime em Porto Velho. Em algumas vezes, o verdadeiro proprietário aluga ou empresta o veículo sem saber que será utilizado para assaltos, latrocínios e outras criminalidades.
Na maioria dos crimes ocorridos, segundo dados da polícia, a fuga ocorreu em motos, inclusive as de grande cilindradas que dificilmente são perseguidas pelas viaturas da polícia.
Menores são alvos para a criminalidade
Os alvos dos bandidos são os menores infratores que são “contratados” para que pratiquem crimes na ideia de que estejam protegidos pelo Estatuto da Criança e Adolescente.
Estatísticas apontam que um número grande mil inquéritos envolvendo adolescentes são instaurados todos os anos. Ainda conforme dados, o roubo continua liderando o ranking de criminalidade desencadeada por menores infratores. Pelo menos, a cada 10 adolescentes apreendidos, 5 estariam em posse de armas de fogo.
A busca por dinheiro para financiar a compra de entorpecentes também aparece como pano de fundo para boa parte dos crimes envolvendo pessoas com menos de 18 anos.
Nas delegacias de Porto Velho, o número de ocorrência envolvendo adolescentes é algo alarmante. A própria polícia já declarou que 70% dos crimes ocorridos na Capital têm participação de menores.
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