Saúde pública de Porto Velho, só falta desligar os aparelhos
Foto: Divulgação
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O Ministério da Saúde determina que cidades com população entre 100 mil e 200 mil habitantes, coloquem em funcionamento as Unidades de Pronto Atendimento (UPA), que são classificadas conforme o número de moradores.
São três portes de UPA
UPA Porte I - Tem no mínimo sete leitos de observação, capacidade de atender até 150 pacientes por dia e população na área de abrangência de 50 mil a 100 mil habitantes.
UPA Porte II - Tem no mínimo 11 leitos de observação, capacidade de atender até 250 pacientes por dia e população na área de abrangência de 100 mil a 200 mil habitantes.
UPA Porte III - Tem no mínimo 15 leitos de observação, capacidade de atender até 350 pacientes por dia e população na área de abrangência de 200 mil a 300 mil habitantes.
Na prática, como possui uma população de mais de 500 mil habitantes, Porto Velho deveria contar com 3 UPAs, mas existem apenas duas e uma delas funciona mais na teoria que na prática.
A UPA da zona Leste, localizada na avenida Rio de Janeiro, região onde existe a maior concentração populacional da capital de Rondoniense não conta com estrutura física nem humana, para atender toda a demanda. A situação foi exposta esta semana quando a unidade fechou as portas por falta de médicos.
A Secretaria Municipal de Saúde interveio e o atendimento foi reiniciado 24 horas depois, mas com as mesmas deficiências. Carlos Lamarão é o diretor, disse que o problema foi resolvido, mas não revela como nem quantos médicos foram alocados na unidade. Ele foi contestado por pacientes e ouvidos pela reportagem.
“Mudou, mudou sim. Mas mudou para pior”, esbravejava a costureira Marleide Camolez, que estava há três horas aguardando consulta.
Reinaldo Dias, autônomo endossou as palavras da mulher: “Eu vim aqui pensando que seria atendido em pelo menos uma hora. Não é só a demora que irrita não, o tratamento dos funcionários também é humilhante”, ressaltou.
O fechamento da UPA, independentemente do tempo, que passou sem ofertar atendimento, expõe a ineficiência a qual está atolada o sistema municipal de saúde. Nem é preciso lembrar que o prefeito é médico e profundo conhecedor da causa.
A UPA da zona leste é só um dos muitos problemas que o sistema enfrenta. Nas unidades de menor porte (postinhos), em sua maioria nem atendimento ambulatorial é oferecido.
A reportagem tentou contato com o secretário de saúde Domingos Sávio, mas ele não atendeu as ligações.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!