Durante reunião realizada na manhã desta sexta-feira,11, no Palácio Getúlio Vargas, com o chefe da Casa Civil, Marco Antonio Faria, e representantes dos órgãos que integram o sistema de Justiça, o Governo reconheceu a necessidade de climatizar as barracas instaladas no Parque dos Tanques para abrigar as famílias vítimas da enchente do Rio Madeira.
Após ouvir o relato dos representantes desses órgãos sobre o intenso calor que faz nas barracas e sobre a necessidade de climatizar esses alojamentos para evitar problemas de saúde aos alojados, o chefe da Casa Civil afirmou que o Governo vai estudar uma forma de providenciar os condicionadores de ar. Porém, não definiu data.
Participaram da reunião, a Defensoria Pública do Estado (DPE-RO), Ministério Público do Estado (MPE-RO), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU), Defesa Civil Federal, OAB e as Secretarias Estadual e Municipal de Assistência Social.
O defensor público Marcus Edson de Lima esclareceu que as negociações com o Governo e Prefeitura estão sendo realizadas administrativamente, mas caso o acordo não seja cumprido, serão implementadas as medidas judiciais cabíveis.
Ele participou da reunião junto com o defensor público Dayan Albuquerque.
Marcus Edson explicou que a falta de climatização vem dificultando o próprio trabalho da Defesa Civil do Estado, que está encontrando resistência na remoção das famílias - a maioria não aceita sair dos colégios para ir para o Parque dos
Tanques devido ao desconforto climático.
Cerca de 40 famílias já estão alojadas no Parque dos Tanques. A Defesa Civil instalou 200 barracas - falta montar ainda 150. As barracas são do mesmo modelo usado pela ONU nos acampamentos de refugiados.
Foi montado uma mini-cidade com policiamento, banheiros e área para lavagem de roupa. As famílias têm receio que, após a transferência, o poder público não se preocupe mais em resolver a situação de moradia delas.