Com o objetivo de massificar a alfabetização, o Programa Brasil Alfabetizado, promovido pelo Governo de Rondônia, através da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), formou mais de oito mil pessoas em 2013. Neste ano, a expectativa da Secretaria é ultrapassar os 13 mil. E para atingir este número, a Seduc apresentou o programa nesta quarta-feira (5) a líderes de entidades religiosas de Porto Velho com a intenção de firmar uma parceria para a realização do programa.
Elcilene Neves, coordenadora do Brasil Alfabetizado e do Ensino Fundamental Regular e Educação para Jovens e Adultos (Cefreja), explicou que o programa pode ser iniciado dentro da própria igreja e receber jovens a partir de 15 anos, adultos e idosos analfabetos. “Muitas entidades já têm estrutura para receber o programa e sentem falta de realizar uma ação social dentro de sua igreja. Às vezes o que falta é só uma mobília ou os alunos para começar este tipo de ação”, comenta.
A coordenadora diz que, com o conhecimento do Brasil Alfabetizado, cada igreja pode começar estimular os seus membros para se tornar um alfabetizador. “Para se tornar um alfabetizador, basta a pessoa ter o Ensino Médio completo. Alguns líderes veem que há gente sem alfabetização em suas entidades, mas que não podem fazer muito por isto”, declara Elcilene, que enfatizou o apoio da Seduc até mesmo na formação continuada dos alfabetizadores para saber como ensinar o aluno.
A articuladora do programa, Sonia Maria Pereira, apresentou o Brasil Alfabetizado aos representantes das entidades, mostrando quais são os objetivos, a metodologia aplicada, os recursos repassados para os coordenadores e alfabetizadores, espaços onde pode ser realizado e número de formados anualmente desde a implantação do programa no Estado, em 2006.
Para o padre Eduardo Fabiano, da Paróquia Nossa Senhora do Amparo, a implantação do programa dentro das igrejas mostra a grande preocupação da Secretaria em oferecer a alfabetização para as pessoas que não têm. “Quem consegue ler, consegue enxergar o mundo. E isso aumenta a autoestima e a dignidade do ser humano. Ele se vê livre perante a Deus e a sociedade”, afirma.
Representando a Igreja Adventista do Sétimo Dia, o pastor Emerson Campanholo contou que já realiza um projeto com crianças e jovens de 10 a 15 anos aplicando os fundamentos do escotismo e entende a importância do Brasil Alfabetizado dentro da igreja. “A criança quando aprende ler e escrever, ela se sente mais inserida social, econômica e espiritualmente, já que se aproxima de Jesus”, diz.
O secretário de Estado da Educação, Emerson Castro, ressaltou o valor das igrejas no programa dizendo que são espaços importantes para o fortalecimento da educação. “Queremos contar com as igrejas como lugares de transformações e resgates de alunos que se perderam por conta do analfabetismo. Muitos já estão inseridos no mundo da droga e criminalidade e queremos que as igrejas, junto com as ações alfabetizadoras do programa, realizem este resgate”, declara.